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Até 30 de outubro, o projeto Janelas para Arte (localizado nas Janelas do Sim, na esquina das ruas Dona Alexandrina com Major José Inácio) estará com a Exposição Retrospectiva 2011 - Pinturas Romeu Casale (2007/2008)
Centro da Terra I e II - Petróleo
Romeu Casale Filho é um são-carlense de 60 anos, médico veterinário, viúvo e pai de 4 filhos. Artista autodidata, Romeu iniciou sua carreira em 1994 com a fotografia. Por meio dela passou a expressar com formas e cores as próprias emoções.
Já fez dezenas de exposições individuais e algumas coletivas; recebeu diversos prêmios, inclusive alguns lhe atribuíram o primeiro lugar em salões de arte.
Tem se dedicado à Arte Pictórica Abstrata contemporânea, conhecida como técnica mista.“Minha mente é repleta de mundos, um imenso reservatório de energia vital e de poesia visual, e é quando abro os braços e me atiro ao espaço em busca de outros, que percebo as minhas carências, as minhas insuficiências e recebo a solidão como uma dolorida frustração.
Estou pronto para adentrar ao transe criativo, multiplicando os meus esforços e a minha disciplina. Sinto-me então corajoso, forte e inesgotavelmente amoroso e grato ao destino”, conta o artista.
O projeto:
Esta exposição faz parte do projeto Janelas para Arte, realizado pela Prefeitura através da Coordenadoria de Artes e Cultura.
O objetivo deste projeto é proporcionar aos cidadãos acesso à arte, popularizando e divulgando o trabalho de artistas visuais nas janelas do edifício do SIM, sendo que os trabalhos são reproduzidos digitalmente e impressos em banners para assegurar a integridade das obras, bem como permitir sua circulação em outros espaços públicos.
A participação neste tipo de exposição pode acontecer por convite ou por seleção dos inscritos em edital. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail cultura@saocarlos.sp.gov.br ou pelo telefone (16) 3373-2708.
O Trabalho de Romeu Casale:
São explosões de cores, algo que sugere uma forte intensidade mas também uma desorganização da mente, do olhar.
Sem Titulo
Qual vem primeiro? Que ordem estabelecer? Busco alguma referência estética para me situar, me lembro do expressionismo abstrato de Pollock com sua action paint. Mas não é igual. Há algo ali de diferente. Como estabelecer um critério de observação numa obra abstrata? Decidi começar pelo aspecto formal, aquilo que diretamente eu percebia.
Comecei pela primeira obra na sequência linear da exposição. É a obra díptica entitulada "Centro da Terra I e II - Petróleo". A tela é abstrata, mas curiosamente o nome cria uma figuração semântica. Ele remete ao petróleo. Mas a minha leitura se limita as formas que se apresentam, ela busca uma percepção além do significado figurativo. Comecei observando as cores. A tela era composta por tons de cinza, preto e branco. A pintura se dividia em duas formas: uma grande área cônica concentrava uma pincelada larga, formava uma movimentação circular, passando uma ideia de harmonia e clareza que era quebrada pela tensão da pintura estriada formada por vários riscos que "corriam para fora", na parte superior do quadro, criando uma oposição ao círculo. Do centro do cone havia uma explosão de tinta reforçado essa sensação de energia extravasando.
Essa dialética se mantinha nas outras obras, onde tinha essa tensão entre o que era controlável, os cones e círculos, e o que rompia a harmonia, que era ímpeto, descontrole.
O acúmulo de tinta nas telas mostra um processo de construção em etapas, camadas e camadas de tinta que formam texturas muito dinâmicas e indicam a passagem do tempo, o processo de decisão, as mudanças de cores, de formas, de direção. Parece uma dialética que o artista trata com a obra, com forte interferência do acaso, induzindo novos movimentos até sua completude.
A obra "Explosão solar - calor e luz" é curiosamente diferente. O artista explora outros materiais e rompe com a tensão do círculo criando outras tensões. Há um corte seco na horizontal e uma movimentação vertical, marcada principalmente pelas texturas. Há também uma separação mais brusca na cor. Pode-se dizer pelo título que sejam os raios do sol em contraste com a escuridão do espaço, mas também podemos ir além e ver naquela escuridão algo secreto, denso e indecifrável, que é rompido por algum elemento mais leve e luminoso. Há uma troca de energia nesse confronto, novamente temos uma sensação de harmonia.
Explosão solar - calor e luz
As obras conseguem sintetizar de forma muito poética esses contrastes e dualidades, esse fluxo de energia que se expande e se contrai, remetendo assim a nossos próprios sentimentos.
Explosão solar - calor e luz - detalhes
Observando as telas bem de perto é possível, ainda, perceber que elas se desdobram em infinitas outras obras, em cada quadrante, em cada detalhe, há algo que passou despercebido numa visão geral. As obras não se mostram imediatamente, mas se revelam aos poucos, despertando uma sensação de descoberta, de comunicação. E quando se multiplicam nesses detalhes oferecem uma análise sempre nova, que pode refletir em nós mesmos.
Explosão solar - calor e luz - detalhes
Explosão solar - calor e luz - detalhes
Sem título - detalhe
Sem título - detalhe
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