O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves lançou, neste sábado (11/10), em evento com movimentos sociais, no Recife (PE), documento com compromissos para o segundo turno. Clic para acessar o documento:
Sonhos e legado de Eduardo Campos são exemplo para mim, diz Aécio Neves
Aécio Neves: “Sou o candidato das forças mudancistas e democráticas”
O candidato destacou que as alianças desta nova etapa “convergem para aquilo que o Brasil espera”: a mudança de valores, de compreensão do papel do Estado e de eficiência na gestão pública.
“Hoje é um dia extremamente marcante da nossa caminhada. A partir desse instante, não sou mais o candidato de um partido ou de uma coligação. Sou o candidato das forças democráticas, das forças mudancistas, que querem um Brasil decente, eficiente e, sobretudo, mais generoso com aqueles que mais precisam”, afirmou Aécio.
Ao lado de familiares do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto deste ano, – entre eles os filhos João, Pedro e Maria Eduarda Campos, o irmão Antônio Campos, e a avó Magdalena Arraes, viúva do ex-governador Miguel Arraes – Aécio reiterou que será “o presidente da República dos mais pobres, daqueles que mais precisam da mão do Estado”. Ele garantiu que em seu governo o Nordeste avançará de forma consistente e os programas sociais serão mantidos e ampliados, porque são “um direito dos cidadãos brasileiros”.
Boa política
Recebido em Recife pelo prefeito da cidade Geraldo Júlio, pelo governador de Pernambuco, João Lyra, pelo governador eleito do estado, Paulo Câmara, pelo senador eleito Fernando Bezerra, todos do PSB, e também por Beto Albuquerque, vice na chapa do PSB à Presidência da República, pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), e dos deputados federais Mendonça Filho (DEM-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE), Aécio ressaltou que ele e Eduardo Campos seguiam o mesmo caminho, o da boa política.
“A política exercida com dignidade é a mais importante das atividades que alguém pode exercer no seio de uma sociedade. Eduardo e eu sempre acreditamos na política como instrumento de transformação para melhorar a vida das pessoas. Sempre soube que, em um determinado momento da vida nacional, qualquer que fosse o resultado das eleições, favoráveis a ele ou a mim, estaríamos juntos. Nossas convergências eram imensamente maiores do que eventuais divergências de ponto de vista”, avaliou.
O candidato da Coligação Muda Brasil agradeceu aos pernambucanos pelas manifestações de apoio à sua candidatura e prometeu honrar seus compromissos. “Hoje me sinto muito em casa. Porque me sinto, de alguma forma, tendo o privilégio e a oportunidade de transformar os sonhos de Eduardo, e de tantos pernambucanos, em uma realidade presente na vida cotidiana dos brasileiros. Com mais saúde, mais inclusão social, mais educação e, principalmente, mais esperança”, acrescentou.
Novo ciclo
Em entrevista à imprensa, Aécio reiterou que é hora de iniciar no Brasil um novo ciclo, encerrando um governo que atuou em benefício de um projeto de poder e “fracassou na economia, na gestão do Estado, na melhoria dos indicadores sociais e, ao final, para emoldurar tudo isso, também no comportamento ético”.
“Queremos construir uma aliança não apenas para encerrar – encerrar esse ciclo é uma etapa –, mas para iniciarmos um outro [ciclo], virtuoso, onde ninguém seja dono absoluto da verdade, onde todas as contribuições que melhorem a vida das pessoas sejam aceitas e incorporadas sem qualquer tipo de preconceito. A partir de hoje, o documento que conduz a nossa campanha não é apenas o programa apresentado pelo PSDB. O que nos conduz é um conjunto de sugestões e contribuições que vêm dos nossos aliados do segundo turno”, apontou.
Campanha propositiva
Aécio destacou ainda que pretende fazer uma campanha presidencial limpa e propositiva, em contraponto às ações da outra candidata, a petista Dilma Rousseff. “O que vejo é uma campanha desesperada dos nossos adversários, que já atacaram lá atrás o Eduardo [Campos], atacaram a Marina [Silva], e vão me atacar. O que posso dizer é que tudo aquilo que for crime será tratado como crime. As calúnias, as infâmias, serão tratadas dessa forma”, afirmou.
Ele completou dizendo que o que percebe, em suas andanças pelo país, é que os brasileiros querem saber como suas vidas vão melhorar, como a saúde pública vai chegar mais próxima deles, como vão enfrentar o aumento da criminalidade, e como oferecerão uma educação de qualidade no Brasil. “A cada ataque, a cada ofensa, a cada calúnia, vou responder com uma proposta para o Brasil melhorar”, concluiu.