sábado, 20 de outubro de 2018

VIDA MODERNA: Especialistas dão dicas para perder peso para o verão em 30 dias

Proximidade da estação mais quente traz à tona a
 'síndrome de outubro'
por Mário Barra  

Com a proximidade do verão, que começa oficialmente no dia 22 de dezembro, a preocupação com o corpo faz as pessoas pensarem sobre como perder peso. A fórmula clássica para emagrecer é até simples: gastar mais calorias do que aquelas que entram no organismo durante as refeições. Mas ainda que todo mundo entenda essa lógica, poucos são os que sabem o que fazer para chegar ao verão com as medidas desejadas.

Para ajudar a esclarecer como perder peso a tempo para o início da estação mais quente do ano, o G1 perguntou a um nutricionista e a um preparador físico como é possível adaptar a rotina de uma pessoa sedentária que deseja perder até, no máximo, 3 quilos dentro de um período de 30 dias.

A arte da caminhada:
Para quem não tem tempo de caminhar durante uma hora no parque ou na academia, talvez a meta de deixar o corpo mais definido e perder muitos quilos fique um pouco distante, mas é possível pelo menos obter alguns benefícios à saúde.

“A ideia para quem é sedentário é simplesmente aumentar o nível de atividade física", explica Mauro Guiselini, professor de educação física das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo.

Quem está parado há muito tempo pode fazer algumas tarefas a pé, como ir ao mercado, subir de dois a três lances de escada até o escritório ou usar menos o e-mail para passar recados a pessoas próximas.

“É claro que esse tipo de atividade física nunca vai ser suficiente para garantir a modelação do corpo”, alerta Guiselini. “Mas já serve para dar alguma melhora na qualidade de vida, especialmente para os sedentários.”

Se a pessoa quiser realmente perder peso, uma nova alimentação e uma rotina de exercícios aeróbicos – como corrida, natação e ciclismo – são indispensáveis. "O ideal é que o indivíduo faça uma média de 40 minutos diários de exercício", indica o preparador físico.

No caso, a atividade sugerida por Guiselini é a caminhada. "Alguém que é sedentário não vai aguentar fazer corrida, mas pode, aos poucos, começar a aumentar o ritmo."

Com o tempo, a pessoa poderá sentir os efeitos da atividade, como diminuição da ansiedade, melhora no humor e na capacidade de respiração e, claro, a redução da cintura.

"A média de perda saudável em um período de 30 dias com atividade física é de até 2,5 quilos", explica Guiselini, usando como base recomendações de instituições norte-americanas ligadas à medicina do esporte.

"Uma perda saudável significa reduzir a massa de gordura corporal. Muitas vezes, se a pessoa faz somente dieta, pode acabar perdendo também a massa magra (musculatura), e esse emagrecimento não é saudável", destaca.

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“Síndrome de outubro”
Com a chegada do verão, os nutricionistas identificam um fenômeno periódico: a chamada “síndrome de outubro”, época em que as pessoas correm para perder o peso acumulado durante um inverno de alimentação desregrada.

“Muita gente faz dieta, alcança o objetivo e depois abandona – não incorpora o que aprendeu. O mesmo vale para o exercício físico", diz Ivan Mourthe de Oliveira, nutricionista e membro do Conselho Federal de Nutrição.

Ainda que a dieta seja parte fundamental na perda de peso, a influência de uma alimentação balanceada leva tempo.

“As pessoas querem milagre. Para uma dieta ter impacto real nas características físicas, é preciso um período de seis meses”, diz o especialista. “Se o indivíduo começar em outubro, infelizmente já está atrasado.”

Atrasado ou não, quem deseja perder peso deve aumentar o consumo de saladas (como folhas verdes) e diminuir as porções de arroz, feijão, pães e massas, que são fontes ricas de carboidratos.

"Sempre dá para se ajeitar. A pessoa pode começar a comer uma fruta no café da manhã, levar uma saladinha picada para o trabalho, carregar cenoura ou uvas passas na bolsa", lembra Mourthe.

Comer de três em três horas também pode ajudar a diminuir a fome durante as refeições principais. "Se você faz um lanchinho às 10 horas, não vai chegar mordendo o pé da mesa durante o almoço", brinca o nutricionista.

Para quem quiser começar a caminhar, a alimentação também deve ser adaptada. "Se você começa a se movimentar, será preciso tomar mais líquidos, especialmente sucos, que podem servir como fontes instantâneas de energia", indica.
G1, em São Paulo

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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

HOJE É DIA DO...: TI, Profissional de Tecnologia da Informação


O Dia do Profissional de Tecnologia da Informação é comemorado dia 19 de outubro.



Nesta data celebramos aqueles profissionais que são responsáveis pelo funcionamento de um objeto indispensável: o computador.

Por isso, todas as grandes empresas e até mesmo as pequenas, sempre dispõe de uma pessoa responsável pela parte técnica de suas máquinas.

Não se sabe exatamente a origem da data do profissional de tecnologia da informação, mas ele se tornou uma peça-chave no mundo conectado em que vivemos.

Sua incumbência abarca tanto a parte de montagem como de manutenção de estruturas informáticas que permitirão o bom funcionamento de uma empresa.

Igualmente, o profissional de TI dá o suporte técnico aos usuários e clientes quando adquirem computadores ou novos programas.

Com as mudanças do campo da informática, os profissionais de TI também agora são requisitados para planejar e executar o uso de softwares numa empresa. Por isso, devem estar sempre atualizados com as novas tendências de programas e computadores lançados no mercado.

Origem do Dia do Profissional da Informática ou Tecnologia da Informação

O profissional da Informática é uma profissão recente, criada nos últimos 40 anos. Não há registro do motivo pelo qual o dia 19 de outubro foi escolhido como o dia desses profissionais, até porque é considerada apenas uma data comemorativa, e não oficial.

De todo o modo, a data comemorativa não é voltada para a comemoração em si, e sim para lembrar da importância do profissional da Informática exercida ao redor do mundo.

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Regulamentação do Profissional da Informática ou Tecnologia da Informação

Desde 2007, há um projeto em discussão no Senado sobre a regulamentação da profissão. O projeto em questão aborda que, se entrar em vigor, os profissionais que exercerão atividades no setor de Tecnologia da Informação precisarão – de forma obrigatória – de registro no conselho regional de Informática, porém, para que o registro seja válido, a pessoa deve ter:
5 anos de experiência comprovada (ou seja, com carteira assinada) – para ser analista de sistemas.
4 anos de experiência comprovada para técnico de Informática.

A Sociedade Brasileira de Computação (SBC), por exemplo, expõe-se contra essa reserva de mercado de trabalho, enquanto que é a favor da liberdade do exercício da profissão, isto é, adquirir conhecimento técnico-científico e social de qualidade em um curso superior, que compreende a competência profissional como diferencial.

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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

EMPREENDEDORISMO: As 10 séries favoritas dos empreendedores

O Sócio, House of Cards e Suits estão entre as preferidas
por Por Priscila Zuini


Intrigas, mistério, truques e empreendedorismo. O mercado de séries está repleto de exemplos que podem inspirar os donos de empresas. Para descobrir os títulos preferidos dos empreendedores, o site de Pequenas Empresas & Grandes Negócios ouviu mais de 90 empresários e chegou às 10 séries mais vistas. Eles contam, ainda, por que você também deveria assistir. Confira abaixo:

1. O Sócio
A cada episódio, o investidor americano Marcus Lemonis ajuda pequenas empresas a superarem suas fraquezas e conseguirem recuperar negócios à beira da falência. O apresentador investe pessoalmente nas empresas e já aplicou mais de US$ 7 milhões. Depois de comprar uma participação, ele faz uma revolução para tirar o projeto do buraco.

Por que você deveria assistir?
“A visão de empreendedor é expandida para novos horizontes a cada episódio. Deixando o telespectador ansioso para ver os resultados das ações que foram implantadas nas empresas e de ver novas empresas com dificuldades serem “salvas” pelo programa.” - Jonas Máximo, 31 anos, fundador da Max Sushi.

“A série nos coloca em choque com a realidade que muitos empreendedores de pequeno e médio porte enfrentam ao misturar as finanças pessoais com jurídicas. Além disso, mostra o choque de gestão que um sócio profissional pode impor a uma empresa pequena: conseguimos enxergar como alguém de fora pode imaginar ajustes e simplificações de processo que culminam em grandes ganhos de escala e lucro para a empresa.”  - Luiz Francisco Salles, 35 anos, sócio da ShoeShop.

“A série é uma inspiração para aqueles que desejam sempre melhorar seu negócio. Ela apresenta diversos meios para salvar um negócio diferente a cada episódio e, por isso, traz respostas para nós, empreendedores, com novas ideias, e serve como uma lição para quem atua neste ramo e enfrenta desafios diariamente.” - Victor Jacques, 36 anos, fundador da ToyShow Colecionáveis.

2. House of Cards
A saga de um político americano ao posto de homem mais poderoso do mundo é a trama de House of Cards. A série é exibida pelo Netflix e já ganhou vários prêmios. No elenco, Kevin Spacey, Robin Wright e Kate Mara.

Por que você deveria assistir?
“Apesar de mostrar ambição excessiva pelo poder, mostra a importância de articulações, parcerias, network e estratégia.” - Luis Lourenço, 24 anos, sócio da Plug CRM.

“Indicaria esta série a outros empreendedores por mostrar o jogo de poder e influência em alto nível, além de demonstrar a importância de dominar técnicas avançadas de negociação.” - Guilherme Reitz, 30 anos, da Axado.

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3. Suits
As jogadas e negociatas que acontecem em um escritório de advocacia são o mote desta série. Os personagens mostram como poder e inteligência são usados para conseguir o que se quer.

Por que você deveria assistir?
“Suits aborda, em muitos momentos, a importância de quebrar as regras sem desrespeitar a lei. Todo caso de sucesso tem por trás uma pessoa que enxerga possibilidade onde todos veem obstáculos. Mesmo em cenários áridos e nas crises, as possibilidades são infinitas.” - Roney Giah, 41 anos, sócio da Doiddo Filmes.

“É um verdadeiro MBA em negociação. Harvey Specter é um bem-sucedido sócio de um escritório de advocacia em Nova York e conduz suas negociações com um brilhantismo único. Ele mostra que autoconfiança e ter pessoas brilhantes ao lado são fundamentais para o sucesso”, Rodrigo Paolucci, 29 anos, da SambaAds.

4. Shark Tank
A série americana mostra empreendedores tentando convencer um grupo de investidores a comprarem sua ideia. Os casos são reais e mostram como o pitch rápido e preciso é importante.

Por que você deveria assistir?
“No universo empreendedor tão importante quanto ter uma ótima ideia e uma excelente execução é saber vendê-la em poucos instantes. É isso que ensina o programa Shark Tank.” - Bruno Sanovicz, 24 anos, da Kidint.

“É uma escola para entender a cabeça dos investidores. Os episódios mostram como investidores de sucesso avaliam os empreendedores, quais os critérios que valorizam e o porque fariam ou não o investimento.” - Thiago Burgers, 35 anos, fundador da PIC-ME.

5. Breaking Bad
Um professor de química descobre uma doença e resolve transformar sua vida. Ele usa seus conhecimentos em química para produzir a melhor droga da região.

Por que você deveria assistir?
“Por mais que trate de um tema polêmico, a série aborda alguns desafios frequentes para empreendedores, como gestão de qualidade, concorrência, escalabilidade, cadeia produtiva e segredo industrial.” - Gean Chu, 26 anos, fundador da Los Paleteros

“Ele se mostra ser capaz de fabricar o melhor produto do mercado, porém, é péssimo em empreender. A maior parte de suas tentativas são frustradas por não saber comercializar adequadamente o produto. Moral da série: Não adianta ter o melhor produto, se não souber vender.” - Marcelo Salomão Guimarães, 37 anos, da Gigatron Franchising

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6. Mad Men
A série se passa nos anos 1960 e retrata o dia a dia de uma agência de publicidade. A vida pessoal e profissional de Don Draper acompanha as mudanças no mercado e na vida dos americanos no período.

Por que você deveria assistir?
“É legal para ver como as marcas conversam com os consumidores, como são criadas campanhas de marketing, como conquistar clientes, a importância de relacionamentos e a politicagem que existe no mundo dos negócios.” - Guilherme Campos, 31 anos, fundador da Dr. Jones.

7. The Office
É uma comédia que mostra o dia a dia de uma equipe dentro do escritório. As situações, muitas vezes bizarras, são paródias do que muitos funcionários enfrentam na vida real em suas empresas.

Por que você deveria assistir?
“A série The Office mostra o que “não” se deve fazer na rotina de uma empresa. Apesar de parecerem absurdas ou impossíveis, as situações cômicas mostradas ocorrem com muito mais frequência do que imaginamos. O ponto alto da série é como o exemplo de uma liderança confiável e comprometida pode reunir pessoas tão diferentes em uma única direção.” - Rodrigo Vanzan, 35 anos, da 4Buzz.

8. Silicon Valley
A série americana conta a história de seis programadores que tentam construir uma carreira de sucesso no maior polo de empreendedorismo e startups do mundo, o Vale do Silício, na Califórnia.

Por que você deveria assistir?
“O seriado conta a história de uma startup que nasce, consegue funding e começa a escalar. O empreendedor pode aprender bastante sobre os processos de buscar investimento e de gestão com o seriado.” - Tallis Gomes, 28 anos, fundador do Easy Taxi, eGenius e Singu.

9. Gigantes da Indústria
A série mostra como grandes inventores e empreendedores construíram as maiores indústrias do mundo. Entre os exemplos estão John D. Rockefeller, Andrew Carnegie, J.P. Morgan e Henry Ford.

Por que você deveria assistir?
“Apresenta empreendedores audaciosos e inovadores que, em busca do sonho americano, correram riscos imensuráveis e aproveitam as oportunidades com visão, inovação e engenhosidade. Na essência, o empreendedor é a pessoa que tem capacidade de idealizar e realizar coisas novas.” - Leila Oda, 54 anos, da Terra Madre – Orgânicos e Saudáveis.

“A série trata do período mais inventivo da indústria moderna, com lendários empreendedores como Ford, Rockefeller e Morgan, que não somente criaram algumas das empresas mais valiosas do mundo moderno como inovaram em processos e formatos de desenvolvimento, produção e vendas de seus produtos e serviços.” - Fabio Neves, 34 anos, do iPed.

10. Game of Thrones
Planejamento, metas, desafios, complicações e intrigas políticas são alguns dos principais alicerces de “Game of Thrones”, série criada com base na adaptação dos livros de George R. R. Martin.

Por que você deveria assistir?
“Um ponto muito evidente na série que podemos levar para os negócios é que conhecimento e networking são fortes armas. Seja muito bem informado e, quando possível, esteja à frente da concorrência.” - Gabriel Marquez, 26 anos, da Conube.

“É totalmente imprevisível, mostra diferentes tipos de poder e o cenário muda de uma hora para a outra, como no empreendedorismo.” - Amanda de Almeida Cassou, 24 anos, fundador do Gallerist.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

RELAÇÕES HUMANAS:Maus chefes, péssimos líderes

Ninguém é mais produtivo por se desgastar diariamente no embate com chefes autoritários. Ninguém fica mais perfeito por ser diária e presunçosamente confrontado com as suas imperfeições. 
por Laurinda Alves

         Chefes altamente tóxicos já todos tivemos. Alguns ainda os têm e conhecem bem o seu poder destruidor. Quem já se conseguiu descartar de um mau chefe sabe dar valor a quem ainda sofre os efeitos erosivos de ter que trabalhar com quem deprecia permanentemente os que estão à sua volta, quem discute e grita pelo prazer de exercer o poder a discutir e a berrar, quem é capaz de castigar e impor a sua vontade, quem controla absolutamente tudo e não delega absolutamente nada ou, pior ainda, quem se sente acima de qualquer crítica e se desinteressa completamente da sua equipa, optando por dirigi-la à distância, com arrogância, presunção de superioridade e um criticismo intolerável. Por vezes até com pulso de ferro e mão pesada.

       Empresas diferentes, exigem tipos de liderança distintos, como é óbvio, mas há traços comuns nos maus chefes, independentemente das suas áreas de especialidade e círculos de influência. Há, ou devia haver, requisitos mínimos para cargos executivos e de direção, mas duvido que sejam escrupulosamente cumpridos na esmagadora maioria das organizações.

       Há maus chefes e péssimos líderes em todas as gerações. Alguns até podem ser profissionais competentes, com elevado grau de formação, dotados de mentes incisivas, com pensamento focado, capazes de ter ideias brilhantes ou de implementar estratégias inovadoras, mas nenhum tem uma característica absolutamente essencial para estar na posição que ocupa: inteligência emocional.
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       Os grandes líderes e os chefes mais eficazes têm uma característica essencial em comum, diz Daniel Goleman, que continua a ser uma das maiores referências internacionais em matéria de inteligência emocional. “Todos eles possuem um grau elevado de QE”.

        Não é o QI (Quociente de Inteligência) que mais importa, mas sim o QE (Quociente Emocional), e nada disto é novidade, pois Goleman começou a estudar e a publicar os seus estudos há décadas. E é por não ser novidade e as investigações estarem feitas e validadas há muitos anos, que espanta ver tantos maus chefes em tantas empresas.

        Um dos estudos mais citados de Goleman e que ele próprio gosta de referir, foi o que tinha como objetivo determinar quais as capacidades pessoais que conduziram a um desempenho excelente dentro das centenas de organizações analisadas. “Agrupei as capacidades em três categorias: aptidões puramente técnicas, tais como a contabilidade e o planeamento de negócios; capacidades cognitivas, tal como o raciocínio analítico; e competências demonstrativas de inteligência emocional, tais como a capacidade de trabalhar em equipa e a eficácia em liderar a mudança”.

        Convém sublinhar que nenhum líder é uma ilha e o mundo das empresas é um imenso sistema de colaboração e entrega. Ou seja, estamos todos obrigados a ter que fazer equipa, bem como a encontrar pontos de colaboração entre pares e na hierarquia, pois de outra forma é impossível atingir objetivos. Acontece que se olharmos para as organizações e as virmos como ‘tribos’, dotadas de ‘chefes’ e ´índios’, caímos na conta de que há demasiadas ‘tribos’ em que os ‘índios’ são muito melhores que os ‘chefes’. Para muitos profissionais esta metáfora é uma realidade quotidiana, aliás.

      Goleman, que sabe tudo isto e também está consciente de que nada no mundo é permanente, exceto a mudança, ajuda a perceber esta realidade dos bons e maus chefes: “Quando analisei todos os dados, encontrei resultados espetaculares. De fato, o intelecto motivava um desempenho excecional. Capacidades cognitivas, como um raciocínio abrangente e uma visão a longo prazo, eram particularmente importantes. Mas, quando determinei a proporção entre competências técnicas, o QI e a inteligência emocional, enquanto ingredientes para um desempenho excelente, a inteligência emocional provou ser duas vezes mais importante do que os demais fatores, para o desempenho de cargos em todos os níveis hierárquicos”.
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Em artigo veiculado no Site da Prefeitura de Dourado, sem autoria definida, que divulgamos no dia 02 de Maio, não deixa claro para o leitor o que é a Casa de Acolhimento. Clic aqui e continue lendo

Série retornará oficialmente para a sua oitava e 
última temporada em 2019


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      Duas vezes mais importante e, logo, duas vezes mais eficaz?! Dá que pensar, esta coisa da inteligência emocional. Mas de que é que estamos a falar, quando falamos de QE, Quociente Emocional? Seguramente de autodisciplina, que é a capacidade de cada um controlar as suas emoções, humores, estados de alma, impulsos e atitudes mais radicais, digamos assim. Se tomarmos como exemplo concreto os ‘humores’ de certos diretores e contabilizarmos a quantidade astronómica de chefes que chegam à empresa mal-humorados logo de manhã, realizamos melhor o que é isto da autodisciplina. E percebemos a necessidade vital de controlar ou redirecionar os humores matinais. E outros.

     É interessante ler Goleman, quando ele diz que “quanto mais elevado é o cargo de uma pessoa considerada como profissional excecional, mais as aptidões de inteligência emocional revelaram ser a razão da sua eficácia. Quando comparei profissionais excecionais com outros de desempenho médio, em posições de liderança de topo, quase 90% da diferença nos respetivos perfis se podia atribuir a fatores de inteligência emocional e não às capacidades cognitivas”.

     É a inteligência emocional que permite manter o otimismo mesmo perante o fracasso ou a derrota, é a inteligência emocional que diferencia líderes excecionais e é ela que está sempre associada a um desempenho forte. Nisto todos os especialistas e investigadores de QE convergem.

     Voltando à definição de inteligência emocional, Daniel Goleman fala de um conjunto de 5 aptidões que permitem aos melhores líderes maximizar o desempenho dos seus colaboradores. O enunciado começa pela já referida autodisciplina, que segue diretamente para o autoconhecimento. Se pensarmos nos chefes tóxicos e altamente abrasivos que fomos encontrando ao longo da vida profissional, conferimos facilmente que claramente não tinham estas aptidões.

    O autoconhecimento permite identificar os próprios pontos fortes, mas também as fraquezas e vulnerabilidades, que são pontos muito sensíveis e podem ter um efeito tremendo nos que gravitam diariamente no mesmo espaço. Quem se conhece bem a si mesmo sabe o impacto que as suas virtudes e os seus defeitos têm nos outros. E por saber o impacto de umas e outros, também sabe que tem que ter mais controlo sobre si mesmo. E mais compaixão pelos defeitos dos outros. Quem se conhece bem e se sabe imperfeito é capaz de lidar melhor com as imperfeições dos outros. E mais facilmente percebe os efeitos devastadores ou resgatadores do feedback que dá na empresa. Um mau chefe sabe destruir, mas um líder efetivo sabe construir, resgatar e salvar as suas equipas dos fracassos, erros e derrotas.

     E é neste capítulo de feedback que entram as três aptidões essenciais que fecham o ciclo de 5 que Goleman indica: a motivação, a empatia e a relação interpessoal.   

     A motivação, porque um bom líder sabe que precisa de saber encorajar os outros, mas também de manter a sua própria motivação ‘em alta’ para cumprir as tarefas de cada dia. A empatia, porque é absolutamente vital ‘calçar os sapatos dos outros’, tentar compreender as suas características emocionais, conhecer os traços de caracter mais marcantes e identificar o perfil humano e de comunicação das pessoas com quem trabalhamos. Relação interpessoal, porque no mundo do trabalho é decisivo estabelecer relações harmoniosas com os outros para os contagiar e conduzir na direção pretendida.

     Ninguém é mais eficaz por trabalhar com pessoas tóxicas. Ninguém é mais produtivo por se desgastar diariamente no embate com chefes autoritários. Ninguém fica mais perfeito por ser diária e presunçosamente confrontado com as suas imperfeições. Nesta lógica e porque a voz dos especialistas e investigadores merece ser ouvida, vale a pena seguir as pistas dos que estudam e garantem que poucas situações provocam mais esgotamentos e ‘burnout’ do que a influência de maus chefes ou a proximidade de péssimos líderes.


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