quinta-feira, 9 de maio de 2013

HABITAÇÃO: Prefeito Juninho Rogante vai atrás de 250 casas para Dourado

Prefeito se reúne com secretário da Habitação e pede a construção de 250 moradias no município de Dourado

O Prefeito Juninho Rogante e o Deputado Estadual André do Prado (PR) estiveram reunidos nesta segunda-feira (6) com o secretário de habitação, Silvio Torres, e com dirigentes da CDHU em São Paulo, onde o tema foi o deficit habitacional em Dourado,  segundo o prefeito, o município possui atualmente um déficit habitacional de 500 moradias e a expectativa é que  seja aprovado pela Secretaria de habitação  a construção de no minimo 250 moradias para  atenuar as dificuldades enfrentadas pela população.

O Deputado André do Prado que acompanhou o Prefeito na reunião com o Secretario Silvio Torres, colocou também para o Secretário a urgência de se liberar estas moradias para a população douradense e que estará  na Assembléia Legislativa acompanhando atentamente o tramite do pedido. Disse estar confiante de que todo o processo sera realizado com celeridade e que Dourado recebera a boa noticia que foi contemplada com as 250 moradias o mais breve possível. O comprometimento com os municípios é uma marca do trabalho da CDHU”, afirmou o deputado.

O Prefeito Juninho Rogante reiterou a todos os presentes que essas 250 unidades vão garantir atendimento à população mais carente e dar início a uma nova fase em nosso município, com mais qualidade de vida para todos.

A prefeitura informou que uma das possibilidades para a construção dessas moradias é  na região do bairro Maria Luiza. Diz ainda que a área que for escolhida será desapropriada e os próximos trâmites oficiados à Secretaria de Habitação e a CDHU.

Os dirigentes da  CDHU, mostraram-se favoráveis ao pedido do prefeito e informaram estarem dispostos a dar celeridade ao pleito, aguardando definições técnicas da prefeitura quanto à área . 


Deputado André do Prado, o Secretário da habitação Silvio Torres e Juninho Rogante


terça-feira, 7 de maio de 2013

NOSSO TEMPO: As melhores postagens para você esta semana no Google+

“Ele deve ter alguma perturbação mental”, diz delegado sobre suspeito de estuprar em ônibus no Rio
                                            

Torcida do Corinthians depreda novas cadeiras vermelhas do Morumbi - 
                   
Bom dia !!!
Guarde seu coração , pois dele depende toda sua vida ♥


segunda-feira, 6 de maio de 2013

GOSTOSURAS: Pizza Enrolada

RECEITAS HOJE
Pizza Enrolada

ingredientes

250 g de farinha de trigo
1 colher (sopa) e meia de açúcar
Meia colher (sopa)de sal
15 g de fermento biológico fresco
água o suficiente até dar o ponto (+/- 130 ml)
100 ml de molho de tomate
200 g de queijo mussarela ralado
200 g de presunto picado
orégano a gosto
óleo para untar a massa
1 ovo batido para pincelar
modo de preparo

1º - Numa tigela coloque a farinha de trigo, o açúcar e o sal e misture bem e reserve.

2º - À parte dissolva o fermento biológico fresco em +/- 130 ml de água (quantidade suficiente para dar o ponto) e adicione na mistura de farinha (reservada acima). Misture até obter uma massa homogênea.

3º - Numa superfície polvilhada com farinha, coloque a massa e sove até que fique lisa e elástica. Deixe crescer numa tigela untada com óleo, coberta com um pano ou saco plástico, por 1 hora ou até dobrar de volume.

4º - Volte a massa para a superfície enfarinhada e abra-a com um rolo até obter um retângulo de mais ou menos 30 x 40 cm e espalhe o molho de tomate.

5º - Numa tigela misture o queijo mussarela ralado, o presunto picado e orégano a gosto e distribua sobre a massa. Enrole a massa (pelo lado maior). Para colar a ponta da massa pincele 1 ovo batido e grude a ponta no rocambole. Corte 14 fatias com 2 cm de espessura cada.

DICA: experimente acrescentar no recheio calabresa fatiada e refogada

6º - Numa assadeira untada e enfarinhada, coloque as fatias separadamente e leve ao forno pré-aquecido moderado (170 graus) por 30 minutos ou até que estejam douradas. Sirva as fatias de pizza enrolada quentes.

OBS: diferente de uma pizza comum que precisa alta temperatura para assar a massa, esta receita precisa de forno médio para não queimar o recheio e a massa (por dentro) ficar assada.

MUNDO PERDIDO: Pistola de plástico feita com impressora 3D é disparada pela 1ª vez

Grupo dos EUA usou arma com sucesso e quer difundir projeto.'Acho que muitos não esperavam que isto fosse possível', disse estudante
por Rebecca Morelle Repórter de Ciência do Serviço Mundial da BBC, Texas
A arma foi produzida no Estado do Texas (sul do país), com suas partes plásticas projetadas por computador e enviadas à impressora. Apenas a agulha, uma pequena peça que é parte do mecanismo de disparo, é de metal.
O grupo responsável pela produção da pistola, o Defense Distributed, precisou de um ano para desenvolver o projeto, que foi testado com sucesso em um campo de tiro na cidade de Austin, no sábado.
O polêmico grupo americano é liderado pelo estudante de direito da Universidade do Texas, Cody Wilson, de 25 anos.
"Acho que muitos não esperavam que isto (a fabricação de uma arma com uma impressora 3D) fosse possível", afirmou.
Wilson afirma que o objetivo agora é disponibilizar na internet o projeto da arma para quem quiser fabricar sua pistola.
"Existem governos no mundo todo que dizem que você não pode ter armas de fogo. Mas isto não será mais possível, eu vejo um mundo onde a tecnologia poderá fazer com que você tenha o que você quiser. Não depende mais dos políticos", afirmou o líder do grupo em entrevista à BBC.
Wilson admite que a "ferramenta pode ser usada para ferir outras pessoas, é o que a ferramenta é, uma arma".
"Mas não acho que seja uma razão para não fazer isto, ou uma razão para não disponibilizar (o projeto)."

Tecnologia e leis

A fabricação de objetos em uma impressora 3D consiste em juntar camadas de material para construir objetos sólidos complexos.
A ideia é que, quando estas impressoras ficarem mais baratas, em vez de comprar mercadorias em lojas, as pessoas baixem projetos e imprimam os objetos.
No caso da arma, a impressora usada foi comprada no site do eBay por US$ 8 mil.
Para fabricar a arma, Cody Wilson recebeu uma permissão de manufatura e venda do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do governo dos Estados Unidos, (ATF, na sigla em inglês).
Donna Sellers, da ATF, disse à BBC que a arma impressa é legal, desde que não se encaixe na Lei Nacional de Armas de fogo (se fosse uma arma automática, por exemplo, seria ilegal).
"(Nos Estados Unidos) uma pessoa pode fabricar uma arma de fogo para uso pessoal. No entanto, se ela iniciar um negócio de fabricação para vender uma arma, vai precisar de uma licença", afirmou.

Críticas

Grupos que reivindicam um maior controle de armas nos Estados Unidos criticaram a iniciativa do Defense Distributed.
"Estas armas podem cair em mãos de pessoas que não deveriam ter armas, criminosos, pessoas que têm doenças mentais graves, pessoas condenadas por violência doméstica e até crianças", afirmou Leah Gunn Barrett, do grupo New Yorkers Against Gun Violence.
Agências de segurança do mundo todo também já estão de olho na arma produzida com a impressora e na tecnologia de impressão em 3D, já que a tecnologia já foi usada por algumas organizações criminosas para criar leitores de cartões inseridos em caixas eletrônicos.
"Criminosos ainda vão ter acesso mais fácil a armas do jeito tradicional, sem precisar de internet", afirmou Victoria Baines, do Centro de Crime Cibernético da Europol, a polícia da União Europeia.
"Mas as impressoras poderão popularizar as armas entre setores da sociedade que não tinham acesso a elas, como os jovens", acrescentou.

NOSSO TEMPO: Vídeos mais populares do YouTube em 06/05/2013

Você já viu estes vídeos?
Esta é uma lista  de alguns dos vídeos mais populares do YouTube nesta semana. Talvez você queira conferi-los.
Nunca chute uma garrafa de cerveja
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A Camisa Eterna
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Thalles Roberto - Filho Meu (Clipe Oficial)
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À PAISANA
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domingo, 5 de maio de 2013

ESPORTE: Copa SP de ciclismo etapa de Dourado SP - 05 de Maio de 2013

Veja as Imagens do Evento 
por Marcilio Alexandre Bacellar





















NOSSO TEMPO: Tablets lideram lista de preferência para presente no Dia das Mães

Pesquisa ouviu 1,3 mil mães sobre quais itens gostariam de receber.Dia das Mães ocorre no próximo domingo, dia 12
Para as mães da América Latina, os tablets são os presentes preferidos para receber no dia em homenagem a elas, segundo pesquisa do MercadoLivre, realizada pela OH! Panel.

O levantamento ouviu 1,3 mil mães na Colômbia, Uruguai, Venezuela e Brasil, país que concentrou 71% das respondentes.

Das entrevistadas, 25% apontaram os tablets como presente ideal. Entre as brasileiras, o item foi o mais indicado por 40%.

É o segundo ano seguido que o aparelho é o primeiro item na lista de preferência. Em 2011, os smartphones, segundo lugar em 2012 e 2013, haviam sido o sonho de consumo, tanto para latinas quanto para as brasileiras.

Segundo o MercadoLivre, nos últimos anos, a tecnologia se tornou parte importante da vida cotidiana, o que reflete nos resultados da pesquisa.

Ainda assim, entre as brasileiras, as roupas aparecem em terceiro lugar entre os presentes preferidos, com 31% dos votos.

O posto era ocupado pelos notebooks e laptops, preferidos para 28% das mães. Viagens e TVs LCS foram apontados por 22%.

Quando apenas os itens eletrônicos são considerados, as mães preferem os celulares e smartphones (59%), notebooks e laptops (57%) e tablets (56%).

No entanto, quando perguntadas sobre o presente que mais gostaram de receber, 22% apontaram flores e 14%, flores.
Transcrito do G1

CULTURA: O futuro do português

 Entenda as forças que moldam o português do Brasil e saiba como a gente pode estar falando logo mais

Texto Rita Loiola
Como o português está mudando?

Eisvaissai logo pa eischega cedo. A língua que a gente fala pode ser assim no futuro. Não entendeu? De acordo com a gramática atual, seria: "Eles vão sair logo para chegar cedo". Lendo em voz alta, nem é tão distante do que se ouve por aí, pois a fala do presente traz pistas da gramática do futuro. Mesmo assim, brasileiros de hoje dificilmente se entenderiam com os do ano 2500 - ou com portugueses de 1500. 

Para qualquer língua, cinco séculos é muito tempo: só para citar um exemplo, usar o verbo "ter" com sentido de "existir", fundamental em qualquer conversa, é coisa de 100 anos pra cá. Pense na dificuldade que temos com a Carta do Descobrimento, de Pero Vaz de Caminha. Para decifrar "da marinhagem e das singraduras do caminho", é preciso um dicionário, como no estudo de um novo idioma. Essas mudanças ocorrem porque línguas são metamorfoses ambulantes, moldadas pelas necessidades dos usuários - não pelas regras gramaticais. 

É como se o português do Brasil fosse uma sopa, eternamente no fogo, que recebe ingredientes e temperos e ao longo do tempo vai tendo o seu sabor alterado. Palavras nascem, crescem ou se encurtam, se combinam, mudam de sentido e de pronúncia e, um dia, morrem. Que gosto isso vai ter a gente não sabe, mas, abaixo, damos a receita do prato. Bom apetite.


1. Português do Brasil ou português de Portugal?
O português brasileiro, diferentemente do lusitano, é extremamente aberto a novas experiências. Importar e adaptar palavras é uma tendência antiga e continua sendo força poderosa para definir o futuro da nossa língua. "Vocês são muito abertos aos estrangeirismos e incorporam com extrema naturalidade vários termos", diz o português Augusto Soares da Silva, linguista da Universidade Católica Portuguesa. "Há uma tendência inata para isso, diferentemente do português de Portugal, que transforma o 'mouse' em 'rato'."

2. Como surgem os estrangeirismos?
Augusto fez uma pesquisa comparando jornais de Portugal e do Brasil dos últimos 50 anos e percebeu que ficamos com diversos termos do inglês tais como eram na origem. Foi assim que nasceram o "xis-tudo" (de cheese, "queijo"), os serviços "delivery", a "customização" de roupas e a "equalização" do som. "Se um dia alguém resolver expurgar as palavras de fora, 70% do que temos vai embora", prevê o filólogo Mário Viaro, da USP. Os presentes gringos costumavam ser mais requisitados pelo universo da cultura (show, blockbuster, best seller), da gastronomia (suflê, purê, bufê) e da moda (aliás, "fashion"), mas hoje são principalmente associados ao vocabulário corporativo ("pessoal do marketing", "atingir o target", "briefing") e informal ("let’s go", "whatever", "kisses", "yessss!").

3. De onde vem o vocabulário importado?
Dá para perceber que boa parte do vocabulário importado vem do inglês, não por acaso a língua da principal potência econômica, militar e cultural do planeta. Sempre foi assim: o que temos de hospitaleiros temos de puxa-sacos, copiando o idioma de quem está por cima. Até a 2ª Guerra Mundial, o monopólio da sofisticação pertencia ao francês, de chauffeur, garçon, lingerie, cabaret, ballet, filet e mulher mignon. Com a ascensão do poder americano, o inglês foi tomando espaço, até virar a 2ª língua de todo mundo, daquele engravatado com MBA ao roqueiro underground.

E a história da língua ensina que roubaremos sem piedade palavras de outros países que se tornarem importantes. Como o mandarim dos chineses é uma língua exótica demais para nossos ouvidos, a previsão é de que surjam regalos do espanhol, já que o Brasil aumentou o intercâmbio com os seus vizinhos e tudo indica que os hispânicos devem ser a maioria dos EUA até o final do século. Um exemplo a favor da hipótese: blecaute (blackout) já virou apagão (apagón). 

4. Os regionalismos sobreviverão?
Mas não são só os produtos importados que se valorizam. A história recente ensina que, para não se perderem na globalização, alguns grupos passam a valorizar suas diferenças, e uma delas, claro, é a língua. O R caipira, que chegou a ter sua extinção anunciada no início do século 20, continua firme e forte, assim como o "tu" gaúcho e o chiado carioca não cederam a nenhuma padronização. A professora de teoria lingüística Marilza de Oliveira, da USP, cita como precedentes os antigos dialetos de Milão e Turim, na Itália, que hoje são aprendidos pelos italianos. "Poderemos seguir pelo mesmo caminho, dando prestígio aos dialetos regionais do Brasil."

5. Como ocorrem as mudanças da língua?
Independentemente de qualquer reforma oficial, o português brasileiro está sempre sendo modificado no dia a dia por seus falantes. O problema é que o idioma evolui mais rápido na língua do que no papel. Os gramáticos e os dicionários, que prezam pelo bom uso da língua, demoram mais para consagrar mudanças.

6. Como os pronomes mudaram?
Se seguirmos a gramática da Academia Brasileira de Conversas, não a de Letras, o capítulo sobre pronomes pessoais precisa ser reescrito. O "você" chega com tudo, aproveitando a conjugação do "ele" e substituindo o "tu" como 2ª pessoa do singular. O "nós" sai e deixa em seu lugar o "a gente", e o "vós", que há anos não sai de casa, é substituído por "vocês". E sabe-se que o sujeito oculto anda cada vez mais exposto; aliás, a gente sabe.

Outros pronomes não ficam atrás. Nunca soube quando usar "este"? Tudo bem: no futuro, ele só deverá ser encontrado no dicionário. Como o inglês e o francês, que têm apenas demonstrativos de perto e longe, ficaremos com "esse" para o que está ao lado e "aquele" para o que está afastado. 

7. Como mudam os tempos verbais?
Alguns tempos verbais também foram vítimas da seleção oral. Há alguns anos, o pretérito mais-que-perfeito ("eu amara") virou comida de traça. Agora pode ser a vez de o futuro do presente ("eu amarei") fazer parte do passado. Mas a língua é um daqueles sistemas em que nada se perde, tudo se transforma. O "eu amara" virou "eu tinha amado", e o "eu amarei" se transformou em "eu vou amar".

Nesses exemplos está um dos hobbies favoritos do nosso português: brasileiro que é brasileiro adora uma perífrase, ou seja, transformar uma palavra em duas. Muitos dos nossos verbos passaram por esse fenômeno. O "amarei" um dia já foi "amare habeo", vindo de "amabo". Por que a perífrase acontece em alguns tempos verbais e não em outros ainda não está plenamente explicado, mas alguns estudos lingüísticos dão pistas. "O presente e alguns passados são mais resistentes às mudanças porque seriam 'tempos mesmo', ou seja, referências mais concretas para marcar datas", explica Marilza de Oliveira, da USP. Assim, "eu amei", "eu amava" e "eu amo" são imutáveis por serem mais precisos - em time que está ganhando, não se mexe. Nos outros, a gente tende a criar, encurtando, aumentando e mudando os verbos. 

8. Qual a origem do "gerundismo"?
Alguns pesquisadores até arriscam que parte dos brasileiros parou dizer que "poderia entregar o livro nesse endereço" para garantir que 'vai estar podendo'. A hipótese é que o "gerundismo" (o abuso de gerúndio, ou seja, verbos terminados em "ando", "endo", "indo", "ondo") é uma estrutura natural do português brasileiro. "Ela seria utilizada não só por manuais mal traduzidos, mas por todos, em situações com algum grau de formalidade", explica Marta Scherre, lingüista da Universidade de Brasília (UnB). E, para desespero dos puristas, essa estrutura pode resistir ao tempo, virar regra e talvez, um dia, ser falada com despreocupação por nossos tataranetos.

9. Por que brasileiro gosta tanto do "gerundismo"?
A proliferação do "gerundismo" no Brasil espelha uma das forças mais determinantes do português do futuro: a flexão à esquerda. A língua das próximas gerações poderá não ter mais aqueles pedacinhos grudados no fim da palavra para indicar plural ou singular, masculino ou feminino, tempo e modo. Forças desconhecidas estão pouco a pouco atraindo esses fragmentos para a esquerda da frase. Exemplo: se eu digo "verei", você sabe que eu ainda não vi por causa do "ei". Mas em "vou ver", cada vez mais comum, a mesma informação é dada pelo "vou", à esquerda da expressão.

"Estamos colocando a pessoa e o número no pronome, e o tempo e o modo no elemento anterior ao verbo", explica Ataliba de Castilho, lingüista aposentado da Universidade de Campinas (Unicamp). "Essa é uma das grandes inovações já registradas em pesquisas e que tem tudo para se cristalizar na língua." 

10. Paulista come o plural?
Ataliba de Castilho sugere que os pronomes pessoais "ele" e "eles" podem ser reduzidos e colados aos verbos. "Ele" vira "ei", "eles", "eis". Com o "sair", no futuro, "eisvaisair", como no exemplo que abre o texto.

Alguns paulistas já seguem a tendência quando comem o plural junto com aqueles "dois pastel". Uma das explicações para esse falar, também típico de outras partes (Porto Alegre tem "dois time grande"), é que a forma gramaticalmente correta traz uma certa redundância: se o S já está ali no "dois", pra que repetir? "Em vez de S no fim, colocaremos o S no começo, antes do radical da palavra, quase como um prefixo", prevê Ataliba. 

11. Me dá um cigarro?
A onda esquerdista também está na hora de colocar pronomes. "Dê-me um cigarro!" cheira a mofo - aliás, Oswald de Andrade já reclamava em 1925, no poema Pronominais, que "o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias / Deixa disso camarada / Me dá um cigarro". Ataliba compara: "A língua é como uma bola que nunca mais parou de rolar. Alguém desviou o chute para a esquerda e, pronto, a influência aparece em vários lugares".

12. A nossa língua vai ficar mais simples?
Falando desse jeito, parece que o português caminha para algo bem mais simples, um punhado de monossílabos com poucas conjugações e flexões. Mas não é bem assim. Quem fala gosta de ser notado pelo que diz, não vai abdicar de caprichar nas palavras. E aí entra em cena a criatividade e a expressividade que, juntas, contribuem para manter o idioma complexo. "A única regra das línguas é a busca da expressividade, e nunca da simplificação", afirma Ataliba. "Dizer que os idiomas mudam para ficarem rasos é esquecer que, no fundo, são mudanças extremamente complexas."

13. "Português vulgar" puxa as mudanças?
Em 46 a.C., o estadista Marco Túlio Cícero fez um discurso no Senado romano sobre a arte da oratória. A certa altura, inflamado, lamentou que o povão não sabia mais o que era latim; falavam tudo errado, era uma calamidade. Na verdade, poucos romanos se expressavam como Cícero gostaria - assim como poucas discussões em botecos brasileiros passariam intactas pelo corretor de texto. Da mesma maneira que o latim vulgar repaginou o latim clássico e se misturou a dialetos para dar origem a outras línguas, é o "português vulgar" que puxa as mudanças. Quando ninguém está prestando atenção em como fala, atento ao que está dizendo e não como está dizendo, é que as mudanças ocorrem.

14. Onde surgem as formas inovadoras?
"As pesquisas sociolingüísticas, feitas desde a década de 1960, têm mostrado que as formas inovadoras surgem no seio da classe média baixa", explica o sociolingüista Marcos Bagno, autor de A Norma Oculta - Língua e Poder na Sociedade Brasileira. "Aos poucos, essas formas inovadoras vão ganhando prestígio e sendo adotadas pelas classes média e alta urbanas, até atingirem textos escritos." Foi o que aconteceu, por exemplo, com o particípio de alguns verbos. A forma antiga - e certa - um dia já foi conhoçudo, e não conhecido; perdudo, e não perdido. Mas, de tanto o povo falar, o "ido" pegou.

Mesmo o mais culto do brasileiros de vez em quando solta um "deixe ele entrar" e não "deixe-o entrar", ou "o livro que eu falei" e não "de que falei". Assim, meio sem querer, frases como essas podem vir a ser a regra da gramática do futuro. "É divertido ver a campanha dos gramáticos de antigamente contra as formas que eram consideradas erradas na época deles e que hoje são usadas inclusive em textos literários", diz Bagno. "No futuro, nossos bisnetos vão se admirar com os 'erros' criticados em 2008." 

O "erro" é entre aspas mesmo: para os lingüistas, só há erro quando as pessoas não se entendem, não porque uma regra diz que aquilo é errado. 

15. Como as inovações passam a fazer parte da língua culta?
Para evitar o descompasso entre língua falada e escrita, órgãos como o Instituto Houaiss, que faz o conhecido dicionário, vão aderindo aos poucos às inovações, colocando novos significados e usos em seus verbetes. Daqui a algumas centenas de anos, talvez ele também registre a frase "Eles vão sair logo para chegar cedo!" como a forma arcaica de "Eisvaissai logo pa eischega cedo!"

16. Como a língua muda no dia a dia?
1) Na prática, os pronomes pessoais clássicos (eu, tu, eles, nós, vós, eles) já foram substituídos (eu, você, a gente, vocês, eles)
Quero ver quem paga para nós ficarmos assim. 
Quero ver quem paga para a gente ficar assim. 

2) O econômico futuro do presente ("eu amarei") vem dando lugar ao futuro perifrástico, simplesmente com o verbo "ir" entre o pronome e o verbo principal ("eu vou amar"). 
De tudo ao meu amor serei atento. 
De tudo ao meu amor vou ser atento. 

3) O pronome depois do verbo, comum em Portugal, já era considerado arcaico pelos modernistas em 1922. Sobrevive com aparelhos.Dize-me com quem andas e te direi quem és. 
Me diga com quem você anda e vou dizer quem você é. 

4) "Este" e seus derivados estão sendo engolidos pela família do "esse", usado na maioria das vezes. 
Este coqueiro que dá coco. 
Esse coqueiro que dá coco. 

5) Apesar dos protestos, o futuro do pretérito ("eu poderia") está dando lugar ao "gerundismo" ("vou estar podendo"). 
Eu sei que tu não fugirias mais de mim. 
Eu sei que você não iria estar fugindo de mim. 

6) O chamado sujeito indeterminado ou oculto, que não aparece na frase, está dando as caras, sempre acompanhado de "a gente" e "você". 
Não queremos só comida. 
A gente não quer só comida.
Transcrito do site: educar para crescer
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