"À Cidade" ganha os Prêmios na Categoria Poesia e o Premio Livro do Ano
O Prêmio Jabuti, entregue pela Câmara Brasileira do Livro, chegou em 2018 à sua 60ª edição com algumas mudanças para deixá-lo mais dinâmico. Nesta quinta-feira (8), em uma cerimônia no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, a revelou os 18 vencedores do ano, além do Livro do Ano. A obra independente "À Cidade", de Mailson Furtado Viana, foi a grande vencedora da noite, levando o Jabuti de Livro do Ano. Além do troféu, ele vai levar para casa R$ 100 mil reais. “Sou do interior do Ceará e minha cidade tem menos de 20 mil habitantes. Este foi um livro feito à mão, totalmente independente. Até o desenho da capa é meu. É uma obra que narra o meu lugar, uma cidade que nasceu há menos de 50 anos. E agora eu estou com esse Jabuti na mão", disse Mailson.
Seu livro de poesia apresenta uma visão de uma pequena cidade do sertão e suas mudanças. A obra é intercalada por elementos geográficos, históricos, sociológicos, políticos e folclóricos. “Sou de um estado onde praticamente todos os meus amigos pagam para se publicar. Essa indicação e esse prêmio abrem essa janela para o mercado, e autores de grande qualidade não publicam mais porque não têm espaço e precisam se bancar. Esse prêmio é nosso. Não é meu.”
Um dos premiados mais aplaudidos foi Marcelo D'Salete, autor do quadrinho “Angola Janga”, sobre o Quilombo dos Palmares, que também era chamado de Angola Janga (pequena Angola). O romance gráfico foi feito após 11 anos de pesquisas e conta a história do quilombo pelo ponto de vista de seus habitantes.
Na categoria romance, uma mais aguardadas da noite, o vencedor foi “O Clube Dos Jardineiros de Fumaça", de Carol Bensimon, que fala sobre uma região dos Estados Unidos que concentra a maior produção de maconha do país. É nesta região dos Estados Unidos que concentra a maior produção de maconha do país. É nesta região onde um jovem professor brasileiro decide recomeçar a vida. A categoria Biografias também foi uma das mais aguardadas, que teve entre seus indicados Jô Soares e Artur Xexéo.
O livro premiado foi "Roquette-Pinto: o Corpo a Corpo com o Brasil", de Claudio Bojunga. O autor Fernando Gabeira, que ganhou o prêmio de elhor livro na categoria Humanidades, por "Democracia Tropical”, recebeu algumas vaias esparsas de parte do público. Gabeira, no entanto, não ouviu as vaias, já que não compareceu ao prêmio nem enviou nenhum representante para nem enviou nenhum representante para receber seu Jabuti.
As categorias do Jabuti estão divididas em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. Este último contempla ações de incentivo à leitura.
As categorias do Jabuti estão divididas em quatro eixos: Literatura,
Ensaios, Livro e Inovação. Este último contempla ações de incentivo à leitura.
O número de categorias caiu de 29
na edição anterior para 18 na atual.
Veja, em negrito, os ganhadores das principais categorias do 60º
Prêmio Jabuti:
— Eixo: Literatura
Livro do ano
- "à cidade"
(Autor Independente), de Mailson Furtado Viana
Conto
- "A face
serena" (Penalux), de Maria Valéria Rezende
- "A oração do
carrasco" (Mondrongo), de Itamar Vieira Junior
- "As horas
esquecidas" (Quixote+Do Editoras Associadas), de Chico Mendonça
- "Catálogo de
Perdas" (SESI-SP Editora), de Juliana Monteiro Carrascoza e João
Anzanello Carrascoza
- "Da utilidade
das coisas" (7Letras), de Alexandre Arbex
- "Dicionário de
línguas imaginárias" (Companhia das Letras), de Olavo Amaral
- "Enfim,
Imperatriz" (Editora Patuá), Maria Fernanda Elias Maglio
- "Não há
amanhã" (Editora Zouk), de Gustavo Melo Czekster
- "Nina:
Desvendando Chernobyl" (Age Editora), de Ariane Severo
- "Por onde anda
a gata?" (7Letras), de Marlene de Lima
- "Amizade é
também amor" (Bertrand Brasil), de Fabrício Carpinejar
- "Branco
vivo" (Editora Elefante), de Antonio Lino
- "Coisas
nossas" (José Olympio), de Luiz Antonio Simas
- "Demônios
domésticos" (Le Chien), de Tiago Dantas Germano
- "Gordos,
magros e guenzos" (Cepe Editora), de José Almino de Alencar
- "História
Bizarra da Literatura Brasileira" (Editora Planeta), de Marcel
Antonio Verrumo
- "Não está mais
aqui quem falou" (Companhia das Letras), de Noemi Jaffe
- "O coração da
Pauliceia ainda bate" (Editora UNESP), de José de Souza Martins
- "O país que
não teve infância" (Autêntica), Antonio Callado e Ana Arruda Callado
- "O poeta e outras crônicas de literatura e vida" (Global Editora), de Rubem Braga,
Histórias em
Quadrinhos
- "A Infância do
Brasil" (AVEC Editora), de José Aguiar
- "Angola
Janga" (Veneta), de Marcelo D'Salete
- "Chico Bento –
Arvorada" (Panini - Mauricio de Sousa Produções), de Orlandeli
- "Holandeses"
(Veneta), de André Toral
- "Mensur"
(Companhia das Letras), de Rafael Coutinho
- "Morrer de amor
e continuar vivendo" (Editora Amora), de Lorena Kaz
- "O Maestro, o
Cuco e a Lenda" (Texugo Editora), de Wagner Willian
- "O Planta: Um
bípede entre plantas" (Autor Independente), de Gustavo Ravaglio
- "O sinal"
(Marsupial Editora), de Orlandeli
- "Semilunar" (Balão Editorial), de Camilo Solano
Infantil e
Juvenil
- "50 Brasileiras
incríveis para conhecer antes de crescer" (Record), de Débora Thomé
- "A cor de
Coraline" (Rocco Pequenos Leitores), de Alexandre Rampazo
- "Adinkra, meu
pai..." (Editora Salamandra), de Joaquim de Almeida
- "Areia na
praia" (Editora do Brasil), de Elma
- "Esopo:
Liberdade para as fábulas" (Escarlate), de Luiz Antonio Aguiar
- "Gente de cor,
cor de gente" (FTD Educação), de Maurício Negro
- "O Brasil
dos dinossauros" (Marte Cultura e Educação), de Luiz Eduardo Anelli e
Rodolfo Nogueira
- "O dia em que
minha vida mudou" (Companhia das Letras), de Keka Reis
- "Uma jornada
entre dois mundos" (FTD Educação), de Flávia Savary
- "Zumbi,
assombra quem?" (Nós), de Allan da Rosa
Poesia
- "à
cidade" (Autor Independente), de Mailson Furtado Viana
- "À sombra do
iluminado" (7letras), de Pollyanna Furtado Lima
- "Câmera
Lenta" (Companhia das Letras), de Marília Garcia
- "Mecânica
aplicada" (Editora Patuá), de Nuno Rau
- "Mugido [ou
diário de uma doula]" (Edições Garupa), de Marília Floôr Kosby
- "Naharia"
(Kotter Editorial), de Guilherme Gontijo Flores
- "O teatro do
mundo" (7Letras), de Catarina Lins
- "QVASI: segundo
caderno" (Editora 34, de Edimilson de Almeida Pereira
- "Ser quando"
(7Letras), de Samarone Marinho
- "Vento do
oitavo andar" (Premius Editora), de Íris Cavalcante
Romance
- "Acre"
(Todavia), de Lucrecia Zappi
- "Adeus,
cavalo" (Iluminuras), de Nuno Ramos
- "Machamba"
(Nova Fronteira), de Gisele Mirabai
- "Nigredo:
Estudos de morte e dulia" (Cultura e Barbárie), de Joaquim Brasil
Fontes
- "Noite dentro
da noite" (Companhia das Letras), de Joca Reiners Terron
- "O clube dos
jardineiros de fumaça" (Companhia das Letras), de Carol Bensimon
- "Oito do
sete" (Editora Reformatório), de Cristina Judar
- "Pai, Pai"
(Companhia das Letras), de João Silvério Trevisan
- "Roupas
sujas" (Companhia das Letras), de Leonardo Brasiliense
- "Última
hora" (Record), de José Almeida Júnior
Tradução
- "Alexandra"
(Editora 34), tradução de Trajano Vieira
- "De duas,
uma" (Leandro Sarmatz), tradução de Livia Deorsola
- "Ele que o
abismo viu: Epopeia de Gilgámesh" (Autêntica), tradução de Jacyntho
Lins Brandão
- "John Clare:
Poemas" (Hoblicua Produção Cinematográfica e Editora), tradução de
Aleixei Bueno
- "O
leopardo" (Companhia das Letras), tradução de Maurício Santana Dias
- "O macaco e
a essência" (Biblioteca Azul), tradução de Fábio Bonillo
- "Pela boca da
baleia" (Tusquets Editores), tradução de Luciano Dutra
- "Giuseppe
Ungaretti: Poemas" (Editora da Universidade de São Paulo), tradução
de Geraldo Holanda Cavalcanti
- "Por que calar
nossos amores?" (Autêntica Editora), tradução de Márcio Meirelles
Gouvêa Júnior, Guilherme Gontijo Flores, João Angelo Oliva Net, Raimundo
Carvalho, João Paulo Matedi Alves e Leandro Cardoso
- "Utopia"
(Autêntica Editora), tradução de Márcio Meirelles Gouvêa Júnior
— Eixo: Ensaios
Artes
- "A
fugitiva" (Companhia das Letras), de Lorenzo Mammì
- "Cildo –
Estudos, espaços, tempo" (Ubu Editora), de Diego Matos e Guilherme
Wisnik
- "Contornos do
(In)visível: Racismo e estética na pintura brasileira (1850-1940)"
(Editora da Universidade de São Paulo), de Tatiana Lotierzo
- "Corpo a Corpo:
A disputa das imagens, da fotografia à transmissão ao vivo"
(Instituto Moreira Salles), de Thyago Nogueira
- "Estratégias da
arte em uma era de catástrofes" (Editora Cobogó), de Maria Angélica
Melendi
- "Feminino e
plural: Mulheres no cinema brasileiro", de Karla Holanda e Marina
Cavalcanti Tedesco (org.) | Editora(s): Papirus Editora
- "História do
Brasil em 100 fotografias", de Ana Cecilia Impellizieri Martins e
Luciano Figueiredo (Bazar do Tempo)
- "Imaginai! O
teatro de Gabriel Villela" (Edições Sesc São Paulo), de Dib Carneiro
Neto e Rodrigo Louçana Audi
- "São Paulo nas
alturas: A revolução modernista da arquitetura e do mercado imobiliário
nos anos 1950 e 1960" (Publifolha Editora: Selo Três Estrelas), de
Raul Juste Lores
- "Trocando em
miúdos as minhas canções" (Terceiro Nome), de Francis Hime
Biografia
- "...como se
fosse um deles: Almirante Aragão – Memórias, silêncios e ressentimentos em
tempos de ditadura e democracia" (Editora da Universidade Federal
Fluminense - Eduff), de Anderson da Silva Almeida
- "Abismo de
rosas: Vida e obra de Canhoto" (Edições Sesc São Paulo), de Sérgio
Estephan
- "D.
Leopoldina: A história não contada – A mulher que arquitetou a
Independência do Brasil" (LeYa), de Paulo Rezzutti
- "Flavio
Koutzii: Biografia de um militante revolucionário - De 1943 à 1984" (Libretos),
de Benito Bisso Schmidt
- "Hebe: A
biografia" (Editora Best Seller), de Artur Xexéo
- "Lima Barreto:
Triste visionário" (Companhia das Letras), de Lilia Moritz Schwarcz
- "O livro de
Jô" (Companhia das Letras), de Jô Soares e Matinas Suzuki Jr.
- "Olga Benario
Prestes: Uma comunista nos arquivos da Gestapo" (Boitempo Editorial),
de Anita Leocadia Prestes
- "Roquette-Pinto:
O corpo a corpo com o Brasil" (Casa da Palavra), de Claudio Bojunga
- "Ruy Guerra –
Paixão escancarada" (Boitempo Editorial), de Vavy Pacheco Borges
Humanidades
- "A sublimação
no ensino de Jacques Lacan: Um tratamento possível do gozo" ((Editora
da Universidade de São Paulo), de Clarissa Metzger
- "Amor para
corajosos" (Editora Planeta), de Luiz Felipe Pondé
- "Caminhos da
esquerda" (Companhia das Letras), de Ruy Fausto
- "Democracia
tropical" (Estação Brasil), de Fernando Gabeira
- "Dicionário de
história da África" (Autêntica), de Nei Lopes e José Rivair Macedo
- "O pecado
original da República – Debates, personagens e eventos para compreender o
Brasil" (Bazar do Tempo), de José Murilo de Carvalho
- "O que é lugar
de fala?" (Letramento), de Djamila Ribeiro
- "Para além das
colunas de Hércules, uma história da paraconsistência de Hércules a Newton
da Costa" (Editora da Unicamp), de Evandro Luís Gomes e Itala M.
Loffredo D'Ottaviano
- "Prisioneiras"
(Companhia das Letras), de Drauzio Varella
- "Reinvenção da
intimidade – Políticas do sofrimento cotidiano" (Ubu Editora), de
Christian Dunker
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