A ESPIÃ de PAULO COELHO é um daqueles livros que podem ser analisados de diversas formas. Como se trata de um romance histórico sobre uma mulher que passou por terríveis conflitos durante a Primeira Grande Guerra Mundial, então isso significa que foi preciso não somente pesquisa, mas também dar um jeito de amarrar pontas soltas.
Mata Hari era considerada a mulher mais avançada de seu tempo. Pois falava o que pensava, agia de um jeito que deixava as e os demais de boca aberta e ruborizados (a não ser alguns artistas). Ela era só uma holandesa aparentemente com um cotidiano sem nenhuma novidade pela frente, mas daí casou, teve filhos, foi pra Paris, seu sonho maior e lá tornou-se dançarina. Seu espetáculo era com pouca roupa e em alguns casos ficava completamente nua. Porém, ela o fazia com sensualidade e maestria de movimentos deixando a plateia composta não somente por homens, mas mulheres, completamente admirada.
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Só que época de guerra, países com soldados prontos pra matar (mesmo não querendo e não sabendo porquê diabos aquilo era preciso), Mata Hari acabou sendo considerada agente dupla. Ou seja, uma espiã da Alemanha e França. Mas, ao que tudo indica ela não tinha qualquer jeito ou mesmo habilidade para ser espiã... pelo visto a zoeira era bem comum nos dias de guerra...
Enfim, não vou comentar mais do enredo porque daí estraga. Mas é óbvio que ela seduzia muitos homens e queria ter poder e ser a mais glamourosa de Paris e do mundo.
Esse livro como disse anteriormente, pode ser analisado com muitos pontos de vista. Como se trata de uma personalidade histórica, então é bem provável que alguns leitores tenham conhecimento dela. E assim esse romance não traz (quase) nada de novo. E por este motivo há quem tenha detestado o livro...
Mas, pra quem não sabe nada, pouco ou jamais tenha ouvido falar em Mata Hari, essa leitura compensa. Pois assim você pode ir atrás de mais informações. O próprio Coelho disse que não se trata de uma biografia, mas romance.
O livro funciona muito bem. É pequeno e a leitura flui rápido. Quando você se der conta, ele já está fechado e colocado lá na estante. Gostei da narrativa. A história dessa mulher é repleta de altos e baixos. O que vemos ali é algo que sempre haverá de ocorrer em qualquer tempo com muita gente.
Porém, senti que em alguns lugares, há buracos no enredo, nada comprometedor, mas achei que poderia ter um tanto mais de texto. Esse livro passa a impressão de que o Coelho escreveu tão somente para poder difundir a história da personagem, e assim outros autores poderem ter seus trabalhos com relação à pesquisas, divulgados, principalmente em livros que o próprio Coelho diz serem ótimos para quem quiser ir muito mais longe sobre Mata Hari.
Só que, também me passou a impressão de que foi um livro feito apenas para dizer que em 2016 saiu um novo título Coelhano. É bom esse romance? Sim, se você for como eu que praticamente (quase) nada tinha de conhecimento da moça. Caso contrário, aqui não há nadinha pra ti.
Nota: 8/10 Mas caso meu conhecimento sobre ela fosse maior, a nota seria muito menor.
Por Luciano Luíz Santos
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