quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SAÚDE: Ministério da Saúde vai substituir gotinha contra a pólio por injeção

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Sabin e Salk: entenda a diferença entre as duas vacinas que protegem seu filho contra a poliomielite
O Ministério da Saúde vai substituir a Sabin (composta pelo vírus vivo atenuado) pela Salk (composta pelo vírus morto). Saiba quais são as diferenças entre as duas vacinas, o avanço que essa mudança representa e porque a Salk é mais segura para o seu filho

O Ministério da Saúde vai fazer mudanças na campanha de vacinação contra apoliomielite. A Sabin, a gotinha (composta pelo vírus vivo atenuado) vai ser gradualmente substituída pela Salk, uma injeção (composta pelo vírus morto). Em um primeiro momento, o esquema de vacinação vai ser combinado. “Vamos oferecer as duas primeiras doses de pólio inativada, a Salk, aos 2 e aos 4 meses, e continuar fazendo dois reforços com a pólio oral, além da campanha de vacinação”, conta Carla Domingues, coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. 

Em nota, o Ministério afirma que a mudança não tem data oficial para acontecer, mas que toda a transição deve levar cerca de cinco anos. 

De qualquer maneira, a notícia deve ser muito comemorada. Países desenvolvidos, como Estados Unidos e os da Europa, aboliram há bastante tempo a Sabin. "Sem dúvida é um sinal de amadurecimento do país. 

É algo que nós, médicos aguardamos há muitos anos", afirma Consuelo Silva de Oliveira, infectologista e pediatra, da Universidade do Estado do Pará. Embora as duas vacinas sejam igualmente eficientes, já é consenso entre os infectologistas que a gotinha pode oferecer riscos, ainda que remotos, de a criança desenvolver a doença. A estimativa é de um caso para cada 800 mil doses na primeira vez que a criança é vacinada; e um caso para cada 1 milhão e 200 mil doses a partir da segunda dose. "Sim, vai ser uma picadinha, e não uma gotinha, mas não é por isso que ninguém deve deixar de vacinar. Os pais precisam pensar que a Salk, a injeção, é a opção mais segura, que tira qualquer risco de a criança desenvolver pólio a partir da vacina", afirma Isabella Ballalai, infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações (RJ). 

Hoje o esquema de vacinação funciona assim: tanto na Sabin quanto na Salk, a primeira dose é dada aos dois, quatro e seis meses, com um reforço entre 15 e 18 meses e outro entre quatro e cinco anos. Enquanto essa mudança não acontece, é importante que você continue vacinando seu filho contra a poliomielite. Uma opção, para quem pode pagar, é já começar a fazer a combinação da Sabin com a Salk. “Se os pais quiserem, podem dar as duas primeiras doses da vacina intramuscular, com o vírus inativado, e depois dar a vacina oral. Assim a criança já está imunizada quando receber o vírus vivo”, afirma Marcos Lago, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro do comitê de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Na rede privada, a Salk é dada na vacina combinada Hexavalente junto com as de difteria, tétano, coqueluxe, hepatite B e hemófilos do tipo b (contra meningite). O preço do conjunto varia entre R$ 200 e R$ 240 a dose. 

Em nota, o Ministério divulgou ainda que "A Organização Mundial de Saúde (OMS) sinalizou aos países que se preparem para a erradicação da poliomielite no mundo. Quando isso acontecer, uma das medidas será a substituição gradativa da vacina oral, Sabin (composta pelo vírus atenuado) pela Salk (feita com o vírus morto). O vírus, no entanto, ainda é ativo em 26 países no mundo. O Brasil erradicou a doença há 20 anos."
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