segunda-feira, 21 de março de 2011

SAÚDE: Serviço de saúde precisa de recursos que estão além da capacidade das Prefeituras

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Em 2010, o serviço de saúde de Dourado realizou mais de 41 mil atendimentos a pacientes da cidade e Comentando A Notícia
É só ler jornais, ligar o rádio ou a televisão que você vai ler, ouvir ou ver noticias sobre as dificuldades que a população enfrenta para ser atendida no sistema público de saúde. 

O problema é muito mais complexo do que se imagina. Embora elogiado por alguns, o Sistema Único de Saúde (SUS), está em colapso e é hora de se pensar em uma nova forma que atenda as necessidades e os anseios da população. 

O modelo atual parece não satisfazer o clamor popular. O Poder Legislativo e o Governo precisam pensar e discutir um sistema de saúde que funcione melhor e que seja mais ágil e viável aos brasileiros.

Os investimentos aplicados na saúde, apesar de parecerem pequenos, correspondem a cifras financeiras bastante elevadas. Em Dourado, só no ano passado, a Prefeitura investiu 26,5% do seu Orçamento em saúde. 

Esse percentual corresponde a aproximadamente R$ 3,7 milhões do total do Orçamento anual da Prefeitura, estimado em R$ 15 milhões.

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que os municípios invistam no mínimo de 15% de seu orçamento anual nesta área, os estados 12%; ocorre que os municípios têm investido muito além desses percentuais. 

Na verdade está havendo transferência de responsabilidades das altas esferas governamentais para os municípios, que não estão recebendo os recursos na mesma proporção das atribuições.

Outro fator que dificulta o melhor atendimento na área da saúde é tem a ver com o abuso de pacientes com patologias crônicas, que não aceitam suas doenças ou não tomam a medicação de forma adequada — muito menos fazem a dieta recomendada pelo médico, procurando o atendimento ambulatorial mais do que realmente necessitam. 

Se seguissem as recomendações médicas, com prevenção adequada e se tomassem seus medicamentos de acordo com a prescrição e orientação do médico, as dificuldades seriam menores.

Existem mais fatores que são determinantes para aumentar o problema do sistema de saúde. Além do alto custo e da falta de médicos no mercado de trabalho, com a evolução da ciência e da tecnologia, novos medicamentos surgiram, os meios de diagnósticos estão mais eficientes e a expectativa de vida do brasileiro aumentou — as pessoas vivem mais e, com isso, aparecem mais doenças crônicas e em maior quantidade para serem tratadas.

É preciso ter um pouco mais de respeito pela própria saúde. A cura não vem somente por meio de remédios e consultas médicas. É preciso prevenção, cuidados com o corpo e ter uma cabeça positiva que não fique procurando doenças. 

Tem pessoas que não consegue conversar sem falar em dores, medicamentos, médicos ou doenças. São os que mais frequentam os ambulatórios e os que oneram mais o sistema de saúde. Problemas familiares, emocionais, financeiros, aumentam as doenças psicossomáticas que são patologias criadas no imaginário dos pacientes, e acabam se transformando em doenças fisiológicas.

É preciso melhorar o acolhimento, com maior respeito aos pacientes. É preciso mais respeito dos pacientes com os funcionários, mais consciência da população com o uso do que lhe é oferecido.

Segundo o Censo realizado ano passado pelo IBGE, Dourado tem 8.607 habitantes. O Departamento de Saúde informa que foram atendidos entre os ambulatórios (postos de saúde) e o Pronto Socorro, 41.293 pacientes. 

Isto significa que a população toda de Dourado passou quase cinco vezes pelos médicos do município durante o ano. A Organização Mundial de Saúde preconiza, no mínimo, dois atendimentos ano por habitante.

Alguns cidadãos dizem que Dourado não tem médico. Não é verdade. Dados oficiais de atendimentos feitos pelo serviço de saúde de Dourado em 2010 mostram o contrário. Se Dourado não tem médico, quem atendeu estes pacientes?

Os principais atendimentos em saúde pública feitos em 2010

Consultas médicas ambulatoriais: 21.474

Consultas médicas de urgência e emergência:
• Pronto Socorro Municipal:18.873
• Procedimentos realizados:10.625
• Transferências de emergência:139
• Pacientes em observação até 8 horas: 2.240

Consultas para tratamento odontológico:
• Primeira consulta:1.687
• Procedimentos:3.482

Exames realizados:
Ultrassonografia:696
Raio X :1.032
Exames laboratoriais:12.684

Encaminhamentos para médicos especialistas: 837
Exames de glicemia capilar:5.106
Procedimentos de enfermagem: 25.112 
Visitas domiciliares pelo Programa Saúde da Família: 46.203
Visitas domiciliares feitas por medicos: 801
Visitas domiciliares feitas por enfermeiras:989
Visitas domiciliares feitas por técnicas de enfermagem :9.228
Sessões de fisioterapia:1.905
Programa Melhor Idade em Ação: 59 inscritos
Medicamentos distribuídos pelo Dose Certa (Governo):96.800
Medicamentos de alto custo:22.000
Medicamentos distribuídos pela Prefeitura:537.063
Vacinas:5.626
Exame do pezinho:97
Combate a dengue: visita domiciliar:16.101
Combate a dengue: visitas a pontos estratégicos:216
Visitas em imóveis especiais:105
Visita de inspeção sanitária :189
Emissão de Licença de funcionamento:35
Prevenção Saúde da Mulher:418

Prevenção Câncer Bucal:
Pacientes examinados:120
Pacientes que apresentaram lesões reversíveis:13
Fonte: Site da Prefeitura de Dourado

Comentando A Notícia:
Como já deixamos claro o Dourado Hoje divulga dados, analises e pontos de vista, mesmo não sendo compartilhado por nós, é o caso do acima veiculado, que é uma analise da prefeitura de Dourado sobre o estado da saúde em nosso município. Discordamos de quase tudo, dos números, não temos dados para contesta-los, vamos aceitar os veiculados.

- "O Sistema Único de Saúde (SUS), está em colapso e é hora de se pensar em uma nova forma que atenda as necessidades e os anseios da população", o colapso citado não tem a ver com o modelo, que é o mais justo, pois preconiza saúde para todos, respeitando a sua 
individualidade, o problema do SUS é de gestão, é um problema de competência, o modelo não tem nada a ver com os problemas, e tem 
mais, o que se colocaria no lugar, tenho medo só de pensar, burocratas, que só pensam em números, propondo mudanças para o que eles 
não conhecem;

-"A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que os municípios invistam no mínimo de 15% de seu orçamento anual nesta área, os estados 12%; ocorre que os municípios têm investido muito além desses percentuais. Na verdade está havendo transferência de responsabilidades das altas esferas governamentais para os municípios, que não estão recebendo os recursos na mesma proporção das atribuições.", absoluta 
verdade, alias verdade que derruba o argumento sobre o modelo SUS, o que acontece, primeiro que a saúde sempre foi negligenciada 
pelos governantes, hora, se esta na lei, que Estados e governo federal tem um mínimo para repassar, os prefeitos deveriam procurar o 
amparo da justiça, por que não fazem, só eles mesmos poderiam responder. Falta de recursos para o SUS por descumprimentos da lei de 
responsabilidade fiscal e negligencia dos prefeitos, salvo as exceções de praxe, junto com má gestão. Então tem que mudar o que? O SUS? 
Ou a maneira de se encarar as responsabilidades com a Saúde?

- R$ 3,7 milhões do total do Orçamento anual da Prefeitura, estimado em R$ 15 milhões, é muito para a saúde? Para o bem estar dos cidadãos, não creio que seja, saúde e educação deveriam ser prioridades absolutas e sem reclamações;

- "Abuso de pacientes com patologias crônicas", colocar sobre os ombros de pessoas que sofrem enfermidades crônicas o ônus do serviço de saúde ser reconhecidamente de péssima qualidade, é de uma perversidade atróz, ficamos assim, a culpa dos serviços de saúde não 
funcionarem é dos doentes e não da má gestão do dinheiro publico investido na saúde, idéias como essa disseminadas por quem deveria 
cobrar melhor atuação do pessoal envolvido no atendimento, joga o pessoal da saúde contra os usuários do serviço e vice versa, nada 
acrescenta e tumultua.

-"Além do alto custo e da falta de médicos no mercado de trabalho, com a evolução da ciência e da tecnologia, novos medicamentos surgiram, os meios de diagnósticos estão mais eficientes e a expectativa de vida do brasileiro aumentou — as pessoas vivem mais e, com 
isso, aparecem mais doenças crônicas e em maior quantidade para serem tratadas". Aqui primeiro dizem que falta médicos, para mais 
adiante dizerem que não falta e depois colocam a culpa no aumento da expectativa de vida de todos nós, na evolução da ciência e 
tecnologia e nos meios de diagnósticos mais eficientes, para a baixa qualidade do serviço que prestam à população. Dizer o que desse 
raciocínio.

-"Tem pessoas que não consegue conversar sem falar em dores, medicamentos, médicos ou doenças. São os que mais frequentam os ambulatórios e os que oneram mais o sistema de saúde. Problemas familiares, emocionais, financeiros, aumentam as doenças 
psicossomáticas que são patologias criadas no imaginário dos pacientes, e acabam se transformando em doenças fisiológicas". Ora, se estas 
pessoas realmente não tivessem dor nenhuma, elas teriam no mínimo que ter atendimento psicológico, não serem ridicularizadas em site 
oficial da prefeitura, por que saúde é bem estar.

- "É preciso melhorar o acolhimento, com maior respeito aos pacientes. É preciso mais respeito dos pacientes com os funcionários, mais consciência da população com o uso do que lhe é oferecido". Realmente precisa-se melhorar o acolhimento e não é pouco não, é muito. Acolhimento é a maneira humana com que se recebe as pessoas que procuram atendimento, a dor, a aflição por ter um parente com dor, 
com uma doença, tem que ser levado em consideração, por quem atende estas pessoas. Isso é treinamento. Dá para fazer, precisa querer.

- "Alguns cidadãos dizem que Dourado não tem médico. Não é verdade. Dados oficiais de atendimentos feitos pelo serviço de saúde de Dourado em 2010 mostram o contrário. Entre os ambulatórios (postos de saúde) e o Pronto Socorro, 41.293 pacientes. Se Dourado não tem 
médico, quem atendeu estes pacientes?" Quantidade de atendimento não tem nada a ver com qualidade no atendimento, podemos 
explicar esses números de diversas formas, como por exemplo, pelo atendimento que não resolve o problema do usuário. Quanto à 
pergunta "Se Dourado não tem médico, quem atendeu estes pacientes?" Se tem mesmo porque se faz esta afirmação: "Além do alto custo 
e da falta de médicos no mercado de trabalho"... tem ou não tem? Tem no Aeroporto? Tem na Popular? E no Centro tem? Quantos PSFs 
existem, eram três e agora, quantos são?
São perguntas que fazemos a quem de direito e que teremos muita satisfação de veicular aqui no Dourado Hoje, torcendo para que sim, tenhamos médicos em todos os Postos de atendimento e que tenhamos ainda três PSFs. 

Em tempo, quero deixar claro que sempre que precisei de atendimento para meu filho, sempre fui muito bem atendido, quando precisei de ambulância diversas vezes para sua transferência, sempre fui prontamente atendido. Nunca tomei este pronto atendimento como privilégio e sim como 
atendimento que deveria ser dado a qualquer usuário dos serviços de saúde que em hora de aflição precisassem. Agradeço por eles, mas 
não deixarei nunca de colocar em debate os problemas da comunidade
Luis Mario
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Um comentário:

  1. É um tremendo absurdo colocar a culpa da falta de administração na saude do municipio, no modelo do SUS elaborado pelo Ministerio da Saude, então apenas em Dourado é que o modelo não funciona? por que será não....será que é porque falta gestor na saude de Dourado?? é mais facil colocar a culpa no sistema....

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