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Após as grandes edições do “Big Brother Brasil” sempre há um período de ressaca. Foi assim depois do “BBB 3”, que mostrou o embate de Jean Massumi e Dhomini, o “BBB 5” e a saga de Jean Wyllis, e o “BBB 7”, protagozinado por Diego Alemão. Quem não reclamou do elenco da quarta, da sexta e da oitava edição?
No “BBB 9”, a galera do Lado B mostrou ao público uma nova forma de se jogar o reality, e as novidades implantadas pela produção no “BBB 10” fizeram com que os participantes corressem atrás do prêmio. Foram dois anos impactantes e que fizeram com que a tal ressaca viesse com peso dois na décima primeira edição do programa.
O público teve muita dificuldade em se identificar com os participantes. Faltou carisma e sobrou zelo com a imagem que seria passada aqui fora. Com medo de se entregar, muitos foram eliminados, como Michelly, Jaque e Adriana. Outros só perceberam que era um jogo quando a disputa havia acabado, como Cris, Natália e Rodrigo.
Já Mau Mau, Diogo, Janaína e Paulinha não conseguiram convencer o público com suas estratégias rasas, falsas e repetitivas. Rodrigão foi eliminado porque se perdeu em seu próprio jogo e Talula foi traída pelo medo de ser julgada. Igor, Lucival e Ariadna foram reprovados por suas ações dentro da casa e Diana pode se considerar uma vencedora por ter ido tão longe. Assim, restaram Daniel, Maria e Wesley na briga pelo prêmio de R$ 1,5 milhão.
Daniel começou o jogo errando. Ao lado de Lucival, o brother falava mal de todos os confinados e não deixa nada passar. Correu o risco de ser tachado de “cobra” e “fofoqueiro”, mas foi salvo pelo senso de humor e seu jeito descontraído. Com a eliminação do amigo, Daniel cresceu no jogo. Ao lado de Talula, ele mostrou que era um ótimo amigo e fez com que o público compreendesse o homem que montou um abrigo para cuidar de idosos.
A partir daí, o pernambucano se permitiu ser o que é. Bebeu além da conta em todas as festas, deu vexame, falou todos os palavrões possíveis, xingou todos a quem teve vontade e se arrependeu no dia seguinte. Daniel não fez fita, não fez cena e se apaixonou por uma palmeira.
Com uma mãozinha da edição do reality global, seus exageros ganharam ares de comédia pastelona e todos os seus excessos se tornaram apenas "momentos engraçados". Muito de sua popularidade se deve ao fiel “coqueirito”. Suas cenas de amor ao lado da planta entraram para a galeria do “BBB”. O advogado fez por merecer chegar até a final e tem tudo para levar o prêmio.
O que dizer de Maria? A atriz foi a grande estrela do “BBB 11”. Sem ela, a décima primeira edição do programa ficaria perdida, não haveria história para ser contada. Maria levou a atração nas costas. E isso pode lhe custar muito caro.
A jovem princesa às avessas conquistou dezenas de pessoa com sua beleza, sua graça, seu charme e sua ingenuidade. Maria esqueceu que estava rodeada de câmeras e se permitiu viver sua vida dentro da casa mais vigiada do Brasil intensamente. Amou como se fosse a primeira e última vez, foi humilhada por Mau Mau e não pensou duas vezes em se rastejar pelo amor do carioca.
Cansada de ser rejeitada, se permitiu se envolver com Wesley e começar uma nova história. Maria se entregou totalmente. Não pensou no que os outros iam pensar, no que seria o certo fazer e nem no que esperavam dela. A morena conquistou as pessoas por ser de carne e osso.
Por não ter nenhum discurso pronto, por não saber o que fazer e para onde ir. Maria fez com que os telespectadores quisessem pegá-la no colo, dar-lhe conselhos e, por vezes, umas palmadas. Maria é aquela filha adolescente, aquela amiga meio louca, aquela irmã mais nova... Maria pode ser a primeira mulher a vencer o “BBB” sem uma causa por trás. Maria merece!
Wesley entrou no programa marcado para durar pouco tempo. Nunca um participante que entrou no meio do jogo chegou tão longe. Encantado com Maria, o moço viu ali sua oportunidade de construir uma história. Rejeitado pelos homens da casa, Wesley caminhou sozinho até conseguir virar o jogo a seu favor.
Após conquistar o coração da atriz, o brother mostrou ser um cavalheiro e fez pela jovem tudo aquilo que o público esperou que Maurício fizesse. Dentre tantos homens indelicados, Wesley mostrou que machos podem ser fofos sem perder a virilidade. Ele sabe perdoar, sabe tirar o time de campo na hora certa e foi conquistando a plateia aos poucos. O doutor chega até a final com uma torcida fiel e pode ser a grande surpresa desta edição.
Nunca na história do “BBB” o público descobriu o grande vencedor no dia da final. Foi preciso 11 edições para que isso acontecesse. Qualquer um dos três tem grandes chances de se tornar milionário. E que vença o melhor!
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