segunda-feira, 28 de março de 2011

VIDA MODERNA: Amato assume ACSP e Facesp

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Rogério Amato, 62, assumiu hoje como novo presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), na mesma cerimônia Gino Torrezan assumiu  como Vice Presidente da Regional 18 da FACESP
Amato disse hoje (28), durante sua posse, em cerimônia no Clube Atlético Monte Líbano, que “não se trata de retórica da indignação, que se esgota em si mesma, mas podemos garantir que não faremos parte de uma ‘conspiração do silêncio’ em que o resultado positivo da economia faz com que os problemas existentes sejam ignorados”.

Amato deixou claro qual será o lema de sua gestão, para o biênio 2011-2013: “Mexeu com um, mexeu com todos”. Ele destacou que pretende agir na defesa da livre iniciativa e do empreendedorismo atuando em duas frentes. Uma na área institucional, representando a classe empresarial, “que é a razão da existência das Associações Comerciais”, e outra na ação prática para ajudar a facilitar a vida do empreendedor de São Paulo e do Brasil.

“Queremos atuar em conjunto com as demais entidades empresariais, sempre que essa união contribuir para fortalecer a posição da classe empresarial ou da sociedade, sem prejuízo da ação individual de cada uma”, enfatizou. Ele prometeu desenvolver uma agenda de debates sobre os grandes temas nacionais, e, igualmente, sobre as questões mais específicas que afetam os empresários.

Nesse sentido, Rogério Amato criticou o crescente intervencionismo estatal, como, por exemplo, a atuação da ANVISA legislando sobre tudo. “O aumento da burocracia, como a recente pérola da obrigatoriedade do relógio de ponto com o uso de papel, com claro retrocesso tecnológico e ambiental. O fiscalismo e o arbítrio, como a ‘penhora on line’, que não apenas afeta a empresa, mas, muitas vezes, invade a esfera individual e familiar”, destacou.

Amato prosseguiu, com outro exemplo: “A instabilidade, complexidade e insegurança jurídica, quando a empresa depende de vários órgãos públicos, que não atuam de forma coordenada, como ocorre em relação ao meio ambiente”. E para evitar que os empreendedores, sobretudo os micro, pequenos e médios, se sintam “solitários, abandonados e até acuados” diante dessa e outras situações semelhantes, o novo presidente da ACSP/Facesp vai mostrar “que ele (empreendedor) faz parte de uma comunidade que se preocupa com seus problemas, que vai apoiá-lo, orientá-lo, e procurar oferecer serviços que possam ajudar a superar suas dificuldades”.

Além disso, Rogério Amato garantiu que as ACSP e Facesp manterão as tradições transmitidas a cada nova diretoria. Nesse sentido, salientou que a atuação das Entidades não se limita à defesa retórica de seus valores, como a liberdade de empreender, respeito ao direito de propriedade e aos contratos, igualdade de oportunidades, etc, mas também as ações tomadas diante da diversidade dos desafios que se apresentam no dia a dia.

Como exemplo, Amato recordou a luta da ACSP e Facesp (que representa 420 ACs em todo o Estado) durante a Constituinte, na defesa da Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação do “Impostômetro” e as mobilizações contra a aprovação da MP 232, a prorrogação da CPMF e contra a excessiva carga tributária e burocrática existente no País. 

Finalmente, o presidente da ACSP/Facesp salientou que há outro grande desafio pela frente que as Entidades já estão enfrentando: ampliar e melhorar a prestação de serviços para os associados, já que as Associações Comerciais dependem dos seus serviços, como sempre, para garantir sua autonomia financeira. “Foi o que fizemos com a transformação de nossos serviços em uma empresa, a Boa Vista Serviços (BVS), que incorporou capital, tecnologia, novos produtos e modelos de negócios”.

Leia o discurso na íntegra:
Patriotismo, em seu sentido lato, significa “ o sentir pertencer à terra do pai”, ou à terra onde nasceu.

Tem, no entanto, um significado mais amplo que é o do “sentimento de pertencer a uma família, ou a um grupo que se mantém unido por valores, cultura, história e objetivos”. Esse é o sentido que empresto a esse termo, e que justifica o orgulho que sinto de pertencer ao movimento das associações comerciais.

Desde sua fundação por Antonio Proost Rodovalho, em 7 de dezembro de 1894, até à gestão de Alencar Burti, que ora se encerra, cada presidente da ACSP incorporou sua personalidade e suas idéias na atuação da entidade. Manteve sempre, contudo, a linha mestra representada pela tradição e valores que foram sendo transmitidos a cada diretoria.

A história registra episódios marcantes da atuação da entidade, como, por exemplo,o envolvimento da Associação na Revolução Constitucionalista de 1932, quando, além da mobilização dos empresários, organizou a logística de suprimentos das tropas paulistas, e administrou a campanha do “Ouro para o Bem de São Paulo”. Desse envolvimento, resultou a prisão e o exílio de seu então presidente, Carlos de Souza Nazareth.

Esse exemplo visa apenas demonstrar que a atuação da entidade não se limitou à defesa apenas retórica de seus valores – liberdade de empreender, respeito ao direito de propriedade e aos contratos, a contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país e pela igualdade de oportunidade. As ações da entidade tomaram diferentes formas em função da diversidade dos desafios, mas sempre mantendo a coerência dos princípios.

Para citar apenas alguns exemplos mais recentes, poderia lembrar a luta da Associação durante a Constituinte, para procurar defender a livre iniciativa, o apoio à aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a mobilização contra a aprovação da MP 232 e a prorrogação da CPMF, a criação do Impostômetro e a atuação constante contra a excessiva carga tributária e a burocracia exagerada.

Nossa missão primordial, portanto, é a de dar continuidade à essa herança moral.

Charles Darwin, em sua genialidade, afirmou que a adaptação às mudanças é o que perpetua as espécies. Não temo afirmar que este conceito se aplica igualmente às organizações. Neste sentido, os 117 anos de existência da ACSP mostra que temos sido um exemplo raro de sucesso na adaptação às mudanças sócio econômicas e políticas ocorridas no Brasil nesse período.

Pesquisa da IBM, realizada a cada dois anos junto a mil dirigentes globais de múltiplos segmentos, para avaliar os cenários que se descortinam para as empresas e organizações, mostrou, em 2008, que o maior desafio apontado, foi a freqüência e velocidade das mudanças, e as dificuldades para as organizações se ajustarem aos novos cenários. Na última pesquisa, a de 2010, portanto bastante recente, se soma a preocupação com a complexidade crescente da atuação no novo ambiente corporativo. Permito-me adicionar um terceiro desafio, que é o de revitalizar nossa organização para torná-la atraente para as novas gerações, que tem pressa.

A esses três desafios – mudanças, complexidade e revitalização – deve-se adicionar a agilidade. Não basta adaptar-se. Será fundamental adaptar-se rapidamente. Se antigamente dizia-se que “os grandes iriam engolir os pequenos “, agora se pode afirmar que “os ágeis irão engolir os lentos””.

Precisamos entender as associações comerciais sob duas óticas distintas: a de prestadores de serviços e geradora de receitas, e a institucional, como catalisadora (defensora) dos interesses de um segmento importante e representativo da economia e da sociedade brasileira, a classe empresarial.

Na prestação de serviços, revelamos nossa capacidade de enfrentar e superar os desafios e as mudanças mencionadas com grande sucesso. Os serviços de informações prestados ha décadas pela entidade sempre foram de grande valor para os associados. Mais do que isso. Nos garantiu uma posição que deve ser preservada a todo custo. A autonomia financeira. Embora os serviços sejam meio, e não fim, devemos lembrar o que afirma com senso de humor o sempre presidente Guilherme Afif Domingos. “Quem não tem a verba, não tem o verbo”.

A entrada da maior empresa mundial da área de informações no mercado brasileiro, obrigou-nos a agir rapidamente para enfrentar esse desafio, o que foi feito com a transformação de nossos serviços em uma empresa, a Boa Vista Serviços, que incorporou capital, tecnologia, novos produtos e novos modelos de negócios. Orgulho-me de afirmar que estamos preparados não apenas para enfrentar a concorrência, mas, sobretudo, para atender às novas necessidades dos associados, e dos empresários em geral, com tecnologia de ponta e capital humano de altíssima qualidade. Podemos garantir a continuidade desse processo, com agilidade e eficiência.

Sob a ótica institucional, a de representar a classe empresarial, que é a razão da existência das associações comerciais, concentraremos nossa atuação. Permitam-me reapresentar o que realmente somos. A palavra comercial de nosso nome, não reflete a realidade. As Associações Comerciais congregam todos os setores da economia: comércio, indústria, serviços, agronegócio e instituições financeiras. Contamos com empresas de todos os portes em nossos quadros: grandes corporações, médios empreendimentos, pequenas e micro empresas e profissionais liberais ligados as atividades econômicas. Com um detalhe. Todos com adesão voluntária.

Colocando em números, a ACSP possui cerca de 30 mil associados, divididos por suas 15 sedes distritais, que são verdadeiras entidades locais, atuantes nas diversas regiões da na Capital. A FACESP reúne mais de 420 associações comerciais no Estado, que, no seu conjunto representam mais de 100 mil empresas do Estado de São Paulo. Integramos a CACB – Confederação das Associações Comerciais do Brasil, que conta com cerca de 2 milhões de empresas participantes das mais de 2000 associações comerciais que integram as 27 federações estaduais.

Nosso desafio é mobilizar essa imensa comunidade de associações comerciais utilizando os modernos recursos da área da comunicação. Não basta, contudo, apenas o contato virtual. É preciso que haja a contato pessoal, o dialogo “olho no olho”, para criar a confiança e a cumplicidade na busca dos objetivos comuns.

Devemos considerar ainda, que os diretores e conselheiros das associações comerciais participam de diversas entidades, inclusive do terceiro setor, que, por sua vez, se constituem em redes, com as quais queremos colaborar, até porque enfrentamos muitos problemas comuns (na esfera burocrática e fiscal) .

Queremos destacar nosso propósito em atuar em conjunto com as demais entidades empresariais, sempre que essa união possa contribuir para fortalecer a posição da classe empresarial ou da sociedade, sem prejuízo da ação individual de cada uma.

Desejamos ser parceiros e não competidores na representação empresarial.

Vamos procurar desenvolver uma agenda de debates sobre os grandes temas nacionais e, também, sobre as questões mais específicas que afetam os empresários.

Isto porque o relatório da ACSP de 1924, chamava a atenção da necessidade de atender aos interesses dos associados, para poder defender seus ideais. Assim, não basta termos uma forte atuação defendendo posições institucionais, e não dar a atenção devida aos problemas específicos enfrentados pelos empresários. Assuntos que podem parecer pouco importantes quando comparados aos grandes desafios institucionais ou macroeconômicos, para o empresário, no entanto, especialmente para os de menor porte, pode representar a diferença entre a sobrevivência ou fim da empresa.

Seja o crescente intervencionismo estatal, como a atuação da ANVISA legislando sobre tudo. O aumento da burocracia, como a recente pérola da obrigatoriedade do relógio de ponto com o uso de papel, com claro retrocesso tecnológico e ambiental. O fiscalismo e o arbítrio, como a “penhora on line”, que não apenas afeta as empresas, mas, muitas vezes, invade a esfera individual e familiar.

Seja a instabilidade, complexidade e insegurança jurídica, por exemplo, quando a empresa depende de vários órgãos públicos, que não atuam de forma coordenada, como ocorre em relação ao meio ambiente.

Tudo isso afeta a empresa, e especialmente o empresário de micro e pequeno porte que se sente solitário, abandonado e, muitas vezes, acuado. Precisamos demonstrar que ele faz parte de uma comunidade que se preocupa com seus problemas, que vai apoiá-lo, orientá-lo, e procurar oferecer serviços que possam ajudá-lo a superar suas dificuldades. É preciso reforçar o sentimento e o orgulho de pertencer a uma associação comercial, o que fará com que sua voz que, isolada, nada significa, passe a ser ouvida quando somada a milhares de outras que convivem com os mesmos problemas.

“Mexeu com um, mexeu com todos”

Não se trata da retórica da indignação, que esgota em si mesma, mas podemos garantir que não faremos parte de uma “conspiração do silêncio” em que o resultado positivo da economia faz com que os problemas existentes sejam ignorados.

O Brasil está vivendo um período de grandes oportunidades e desafios. Entre as opor-ameaças, como as chama o professor Adizes, podemos destacar a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, no país. A exploração do Pré Sal. A compatibilização do crescimento com a preservação do meio ambiente. A disseminação da responsabilidade social das empresas sem perda de sua eficiência e função primordial de gerar lucros e criar empregos. A melhora qualitativa da educação e o aumento da inovação. A ampliação da infra estrutura e, não menos importante, a modernização institucional, com a realização das reformas necessárias e urgentes para permitir ao Brasil o avanço que suas potencialidades permitem.

São tarefas que cabem não apenas ao governo, mas a toda sociedade. Queremos fazer a nossa parte.

Para encerrar: Tive o privilegio de estudar no colégio de São Bento. Aprendi que na organização do mosteiro, a comunidade delega ao abade, a autoridade máxima. Ao mesmo tempo ele serve a mesa para os monges idosos.

Ter grandeza não é ser o maior. O sentido e que aquele que detém o cargo hierarquicamente mais elevado tem o dever de ser o maior servidor. Este é o sentido desta nossa empreitada.

E assim sendo, quero agradecer a todos os vice-presidentes, diretores, conselheiros, membros de comissões e todos os colaboradores pela disponibilidade e comprometimento.
Veja o currículo de Rogério Amato:

  

ROGERIO PINTO COELHO AMATO
e-mail: presidencia@acsp.com.br

INFORMAÇÕES PESSOAIS:
-Nascido em São Paulo, a 20 de outubro de 1948, filho de Mario Amato e Rogéria Pinto Coelho Amato.
- Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas São Paulo, com vários cursos de extensão e especialização.

PRINCIPAIS ATIVIDADES EMPRESARIAIS:
- Presidente do Conselho de Administração e sócio da SPRINGER S.A. (“Holding” de capital aberto, cujas coligadas atuam na área de indústria de eletroeletrônicos, refrigeração, transformação de plásticos e equipamentos para indústria de bebidas e afins).
- Presidente do Conselho de Administração e Diretor Presidente da SPRINGER PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA S.A. (Indústria transformadora de plásticos para o setor de produtos eletroeletrônicos).
- Membro do Conselho de Administração da SPRINGER CARRIER LTDA. (Joint-Venture resultante da associação com a Carrier Corporation, subsidiária da UTC-United Technologies Co. - Fabricante de equipamentos de refrigeração, com unidade industrial em Canoas, RS, e Manaus, AM)
- Sócio e Diretor da OTAMAR EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. (Holding familiar que controla o grupo SPRINGER, com atividade na área de destilação de álcool neutro e operações imobiliárias)
- Membro Conselho Consultivo da ZIEMANN LIESS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA.

PRINCIPAIS ATIVIDADES INSTITUCIONAIS:
- Presidente eleito da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo – FACESP
- Presidente eleito da Associação Comercial de São Paulo – ACSP
- Presidente (licenciado) da REBRATES - Rede Brasileira do Terceiro Setor, ex-REBRAF Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas
- Vice-Presidente da Associação dos Ex-Alunos da Fundação São Bento
- Primeiro Secretário do Conselho Deliberativo da Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência
- Coordenador do Movimento DEGRAU – Programa Convivência e Aprendizado no Trabalho
- Membro do Conselho da AVAPE – Associação de Valorização e Promoção de Excepcionais

ATIVIDADES EXERCIDAS:
- Governo do Estado de São Paulo – Secretário de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (de 31/03/2006 a 03/06/2009)
- Presidente e Membro do Conselho de Administração da ELETROS (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos). e Coordenador do GEPIM (Grupo Executivo do Pólo Industrial de Manaus)
- Presidente da APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo
- Presidente da Diretoria da Fundação São Bento
- Presidente e sócio da MOREIRA SALLES S.A. AGROPECUÁRIA (Fazenda de criação de bovinos, situada no Paraná).
- Vice-Presidente do CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
- Vice-Presidente da ABINEE e Diretor do Departamento de Economia da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
- Diretor da ABIA - Associação Brasileira da Indústria de Alimentos
- Diretor Suplente do Sindicato da Indústria da Cerveja e Bebida em Geral
- Diretor do Hospital SEPACO - Serviço Social da Indústria de Papel, Papelão e Cortiça do Estado de São Paulo
- Diretor da Feira da Bondade
- Delegado do Sindicato da Indústria de Artefatos de Papel e Papelão e Cortiça do Estado de São Paulo
- Membro do Conselho da ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas
- Membro do Conselho do IEDI - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial
- Membro do Conselho do INDESP - Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto (Ministério Extraordinário dos Esportes).
Fonte: Diário do Comércio
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