Projeto vai levar comida fabricada por
impressora 3D para asilos
Iniciativa quer ajudar idosos com problemas de mastigação, oferecendo alimentos mais macios
Para muitos idosos, mastigar e engolir são desafios. Encarar as refeições, depois de um tempo, torna-se uma tarefa tão difícil que a gera perda de apetite e, mais tarde, até desnutrição. Com o objetivo de reverter esse cenário, uma iniciativa financiada pela União Europeia levará a casas de repouso comida feita com impressoras 3D.
Tapetes personalizados
a
Batizado de PERFORMANCE, o projeto desenvolve a chamada "smoothfood", que além de tonar o mastigar mais fácil, oferece alimentos palatáveis e variados. O conceito desse tipo de refeição foi criado em 2010, pela empresa alemã Biozoon, e já foi adotado em mais de mil asilos em toda a Alemanha.
"A aparência e o gosto do produto final são iguais aos dos alimentos de verdade"
Basicamente, a comida é desconstruída e, depois, refeita por impressoras 3D. Uma nova geração de máquinas que começa a chegar ao mercado neste ano é responsável pelo processo. É possível ver várias delas funcionando em vídeos publicados na web.
"A aparência e o gosto do produto final são iguais aos dos alimentos de verdade", diz Mathias Kück, coordenador do projeto. "Mas a textura é macia, como uma espécie de gel. Ela se dissolve facilmente na boca, de modo que é mais seguro para pessoas com problemas de mastigação."
A UE já investiu aproximadamente 3 milhões de euros (cerca de R$ 9,2 milhões) no projeto, com a esperança de melhorar a qualidade de vida dos idosos, informou a Wired. "PERFORMANCE quer levar o conceito de smoothfood para um novo patamar e industrializá-la. Só então poderemos reduzir custos e também torná-lo disponível para residências", conclui Kück.
Transcrito de: http://revistagalileu.globo.com/
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