2 DE ABRIL É O DIA MUNDIAL DA
CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO, ACENDA UMA LUZ AZUL!
Em
2007, a ONU decretou o dia 2 de abril como “Dia Mundial da Conscientização
do Autismo”. Este é o dia em que familiares, médicos e
instituições lutam pelos direitos da pessoa com autismo visando promover o
conhecimento da população a respeito da síndrome. Há estudos que mostram que
cerca de 70 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo são autistas.
Este Post tem Apoio Cultural da SDS FM
O
autismo foi descrito inicialmente pelo psiquiatra austríaco LeoKanner em 1943,
quando observou crianças que apresentavam prejuízos nas áreas da comunicação,
do comportamento e da interação social, e caracterizou essa condição como sendo
única e não pertencente ao grupo das crianças com deficiência mental.
Um ano após a descrição de Kanner, outro médico, Hans
Asperger, descreveu crianças com sintomas semelhantes às descritas por seu
colega. Porém, estas aparentavam ser mais inteligentes e não tinham atraso
significativo no desenvolvimento da linguagem. Esse quadro foi mais tarde
denominado de Síndrome de Asperger.
Recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro
Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno
Global do Desenvolvimento sem outra especificação.
Segundo o dr. José Salomão Schwartzman, professor doutor
e médico neuropediatra, “o que se chama de autismo nada mais é do que um tipo
de comportamento que se caracteriza, em maior ou menor grau, por três aspectos
fundamentais: são crianças que parecem não tomar consciência da presença do
outro como pessoa; apresentam muita dificuldade de comunicação – não é que não
falem, mas não conseguem estabelecer um canal de comunicação eficiente –; e,
além disso, têm um padrão de comportamento muito restrito e repetitivo.
O diagnóstico da síndrome é feito através de avaliações
de profissionais, de preferência multidisciplinares – neurologistas,
psiquiatras infantis, pediatras, psicólogos e fonoaudiólogos, dentre outros.
Não há exames físicos ou fisiológicos que diagnostiquem o autismo.
Especialistas
orientam que a identificação do autismo o quanto antes é muito importante. A
observação dos pais, pediatras e da escola é fundamental. Atualmente já é possível
detectar essa síndrome em bebês.
Existem muitos questionamentos sobre qual seria a causa
do autismo. Há diversas pesquisas a respeito, porém nenhuma delas afirma com
certeza o real motivo que desencadeia a síndrome. Alguns estudos pontuam que o
quadro do transtorno global do desenvolvimento é multifatorial, dependendo de
fatores genéticos e ambientais.
Para o autismo não há cura, mas há muitas coisas que
podemos fazer para dar qualidade de vida aos autistas e às suas famílias. Uma
delas é promover o conhecimento para enfrentar os preconceitos.
A WAAp (World Autism Awarenes) definiu que a cor azul
seria a cor a representar o autismo, pois a síndrome afeta mais os meninos, na
proporção de quatro meninos para uma menina. Entretanto, algumas Organizações
preferem usar um símbolo colorido, que retrata as diferentes formas que a
síndrome se manifesta e seus diferentes graus.
Ainda hoje, são muitas as famílias que encontram
dificuldades para incluírem seus filhos autistas em escolas de ensino regular. Mesmo estando na lei que toda criança e adolescente tem o
direito de frequentar a escola, algumas instituições alegam não terem vagas;
outras, não ter assistentes para ajudar. Enfim, as desculpas são variadas. Em muitos casos, o que
leva algumas escolas a negar a vaga àquela criança é a falta de conhecimento. A inclusão é necessária, cada indivíduo é único, seja ele
autista ou não e, por isso, cada caso deve ser analisado com muito cuidado.
Dentro do âmbito escolar, a criança autista poderá
desenvolver inúmeras habilidades e uma delas é a socialização, o que vai
ajudá-la em toda sua vida. Porém, há de se entender que autistas não frequentam
a escola somente para socializar-se, eles também são capazes de aprender
conteúdos pedagógicos.
Abrace esta causa. Neste dia 2 de abril, vista-se de azul
e promova o conhecimento. Acenda uma luz azul, não só em sua casa ou em seu
estabelecimento, mas dentro do seu coração e daqueles que o cercam.
Mais informação, menos
preconceito!
Consulte um médico para receber orientação
Observação: as informações exibidas descrevem o que geralmente acontece com uma condição clínica, mas não se aplicam a todas as pessoas. Essas informações não são uma consulta médica. Portanto, entre em contato com um profissional da área de saúde se você apresentar um problema médico. Se você acredita ter uma emergência médica, ligue para seu médico ou para um número de emergência imediatamente.
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