domingo, 2 de abril de 2017

COMPORTAMENTO: AUTISMO O QUE É? DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

AUTISMO O QUE É?
DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Muito se tem falado em Autismo ou Transtorno do Espectro Autista, mas o que é o Autismo e qual a importância de se saber sobre este tema? Nossa sociedade ainda engatinha e tem muito a evoluir quando falamos sobre o Autismo ou como caracterizamos atualmente nos Transtornos do Espectro Autista (TEA). Esta sensação é real e marcante quando entrevistamos os pais destes pacientes e, ao mesmo tempo, olhamos em volta de nós mesmos nas clínicas públicas, nas escolas, nos ambientes comerciais, nos meios de transporte coletivo e, especialmente, nos familiares mais próximos destes núcleos familiares que conduzem estas crianças. A desinformação e a ignorância acerca do assunto ainda assustam e tornam urgente tomada de decisões no sentido de expandir o conhecimento das características clínicas, dos principais prejuízos sociais e da evidência do mau funcionamento destes pacientes para estudar, compartilhar, se comunicar e se sentir realmente fazendo parte de nossa existência.
Este Post tem Apoio Cultural da Airbnd
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Doenças como a dengue ou o diabetes, por serem difundidas e bem assimiladas pela nossa população há muitos anos, são atualmente bem compreendidas pelas pessoas leigas. Resultado de anos de cartazes, folders, medidas de prevenção empreendidas pela nossa sociedade organizada, estas doenças estão na língua do povo e comentadas frequentemente pelas pessoas quando alguém começa a ter seus sintomas. Não raro, os possíveis portadores correm para os postos de saúde na ânsia de confirmar ou não estes diagnósticos. “Se você faz muito xixi e bebe muita água, pode ser diabetes, meu filho” , disse uma vez uma senhora, avó de um paciente meu. Não é que ela tinha razão? Dias depois, os exames fecharam como diabetes e a criança iniciou seu tratamento a tempo de evitar maiores consequências.
A conscientização sobre problemas médicos é fundamental sociedade para reduzir riscos gerados por problemas que, ignorados, podem resultar em caminhos sem volta. O acesso `a informação oferece a disseminação de percepções para todos levando a um maior poder de observação por todos, independente da formação ou do nível cultural. O autismo (TEA) sofre ainda desta ampla e generalizada falta de informação no seio social e, pasmem, é exatamente isto que ainda impede que a maioria das crianças sejam precocemente tratadas. Logo o autismo que precisa tanto da sua identificação o mais cedo possível para que se modifique, com efeito, os sérios prejuízos sociais e de funcionamento cognitivo que, se nada feito, desembocarão em permanentes dependências e impedimentos para o resto de suas vidas. Ademais, sua incidência na população tem aumentado de forma expressiva desde os anos 90 onde, para cada 1000 nascimentos, nascia uma criança autista e , hoje, esta proporção atinge 1:88. Nos EUA, na Ásia e na Europa, pesquisadores detectam uma prevalência atinge 1% da população. Na Coréia do Sul, tal cifra atinge 2,6%. Entre os gêneros, os meninos são os mais afetados numa proporção de 5:1 1 .

DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
Desde 1980, o Autismo (TEA) tem sido descrito no Manual de Transtornos Mentais (ou DSM) o qual tem expressiva importância nos parâmetros clínicos dos diagnósticos de transtornos neuropsiquiátricos em todo o mundo. No mais recente, o DSM-5 , este descreve o como, em geral, um distúrbio de desenvolvimento que leva a severos comprometimentos de comunicação social e comportamentos restritivos e repetitivos que tipicamente se iniciam nos primeiros anos de vida. Mas, o que isto significa?
Comparado a uma criança com desenvolvimento típico, normal, o Autismo é uma condição que severamente compromete a capacidade de se comunicar com os outros, de perceber acontecimentos compartilhados, de expressar o que sente ou pensa nas mais diversas situações, de utilizar as palavras de acordo com o contexto e estas características atrapalham gravemente o desenvolvimento global da criança. Se não bastasse, a presença de “manias” , posturas ou atos repetitivos, rituais e interesses restritivos independente do público ou local em que a criança portadora esteja desarticula e fragmenta ainda mais a evolução de suas habilidades sociais e adaptativas nos desafios que o ambiente imprevisivelmente apresenta.
Muitas crianças com Autismo tem distúrbios sensitivos e perceptivos visuais, auditivos e de sensibilidade na pele, levando a uma elevada sensibilidade para barulhos, ruídos específicos, luzes, agrupamento de pessoas e para determinadas cores e formas de ambientes. Por outro lado, podem ter baixa percepção para face humana, interpretação global das funções dos brinquedos e, enfim, ignorar momentos de controle social como regras e rotinas dos lugares onde visita.
É muito importante reconhecer que este comportamento é irresistível, incontrolável, sem intencionalidade e que pode, se nada feito, em idades tardias, irreversíveis. Muitas crianças com autismo podem ter surpreendente evolução e até “sair” do espectro, mas isto depende de muitos fatores dentre eles o diagnóstico precoce, especialmente abaixo dos três anos de vida.
Até recentemente, muitos pediatras nem sequer conheciam aspectos básicos do perfil das crianças autistas resultando em identificações tardias. Muitos profissionais ainda temem revelar aos pais que seu filho pode sê-lo. Muitas crianças foram diagnosticadas tardiamente como resultado destas práticas nocivas. Nos EUA – país onde a saúde mental é encarada como doença crônica devastadora e com severas consequências emocionais e econômicas – os pediatras podem sofrer processos e perda de sua licença médica se for demonstrado que o mesmo não identificou sintomas autísticos em crianças até um ano e meio. Em nosso país, ainda engatinha a transmissão destes conhecimentos e a difusão do quadro clínico do autismo (TEA) o que já vem explicando a maior detecção desta condição em nosso meio.
Uma das maiores características clínicas do Autismo (TEA) é o evidente prejuízo da linguagem expressiva, mais especificamente, a fala. Muitas destas crianças podem, após uma fase inicial de normalidade na aquisição da fala, sofrer regressões com redução do vocabulário, perda da fala de palavras anteriormente aprendidas, aparecimento de palavras sem significado e impróprios , repetições de termos sem necessidade e sem função social. Outros podem ter atraso severo de fala e, quando iniciam, começam a falar palavras mal articuladas, jargões, repetições de termos e evolução pobre do vocabulário. Além disto, existe uma parcela de crianças afetadas que jamais falarão. 
Se o Autismo (TEA) fosse um problema que se iniciasse na fase adulta, seus prejuízos talvez não fossem tão grandes. Mas o fato de se iniciarem na infância seu impacto no futuro do indivíduo e na vida de seus pares (família e escola) pode ser devastadora. Afeta a alimentação, o sono e o crescimento; desestrutura a evolução de saúde mental de seus pais; expõe o portador a mais infecções, acidentes e alergias; imputa prejuízos acadêmicos muito significativos podendo até inviabilizar a aprendizagem plena e a aquisição de habilidades na grande maioria dos casos afetados. Portanto, diagnóstico precoce, neste momento, é o caminho mais eficaz para diluir e reduzir a gravidade deste mosaico de problemas.
Consulte um médico para receber orientação 
Observação: as informações exibidas descrevem o que geralmente acontece com uma condição clínica, mas não se aplicam a todas as pessoas. Essas informações não são uma consulta médica. Portanto, entre em contato com um profissional da área de saúde se você apresentar um problema médico. Se você acredita ter uma emergência médica, ligue para seu médico ou para um número de emergência imediatamente.

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