AUTISMO
O QUE É?
DEFINIÇÃO
E CARACTERÍSTICAS
Muito se
tem falado em Autismo ou Transtorno do Espectro Autista, mas o que é o Autismo
e qual a importância de se saber sobre este tema? Nossa sociedade ainda
engatinha e tem muito a evoluir quando falamos sobre o Autismo ou como
caracterizamos atualmente nos Transtornos do Espectro Autista (TEA). Esta
sensação é real e marcante quando entrevistamos os pais destes pacientes e, ao
mesmo tempo, olhamos em volta de nós mesmos nas clínicas públicas, nas escolas,
nos ambientes comerciais, nos meios de transporte coletivo e, especialmente,
nos familiares mais próximos destes núcleos familiares que conduzem estas
crianças. A desinformação e a ignorância acerca do assunto ainda assustam e
tornam urgente tomada de decisões no sentido de expandir o conhecimento das características
clínicas, dos principais prejuízos sociais e da evidência do mau funcionamento
destes pacientes para estudar, compartilhar, se comunicar e se sentir realmente
fazendo parte de nossa existência.
Este Post tem Apoio Cultural da Airbnd
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Doenças
como a dengue ou o diabetes, por serem difundidas e bem assimiladas pela nossa
população há muitos anos, são atualmente bem compreendidas pelas pessoas
leigas. Resultado de anos de cartazes, folders, medidas de prevenção
empreendidas pela nossa sociedade organizada, estas doenças estão na língua do
povo e comentadas frequentemente pelas pessoas quando alguém começa a ter seus
sintomas. Não raro, os possíveis portadores correm para os postos de saúde na
ânsia de confirmar ou não estes diagnósticos. “Se você faz muito xixi e bebe
muita água, pode ser diabetes, meu filho” , disse uma vez uma senhora, avó de
um paciente meu. Não é que ela tinha razão? Dias depois, os exames fecharam
como diabetes e a criança iniciou seu tratamento a tempo de evitar maiores
consequências.
A
conscientização sobre problemas médicos é fundamental sociedade para reduzir
riscos gerados por problemas que, ignorados, podem resultar em caminhos sem
volta. O acesso `a informação oferece a disseminação de percepções para todos
levando a um maior poder de observação por todos, independente da formação ou
do nível cultural. O autismo (TEA) sofre ainda desta ampla e generalizada falta
de informação no seio social e, pasmem, é exatamente isto que ainda impede que
a maioria das crianças sejam precocemente tratadas. Logo o autismo que precisa
tanto da sua identificação o mais cedo possível para que se modifique, com
efeito, os sérios prejuízos sociais e de funcionamento cognitivo que, se nada
feito, desembocarão em permanentes dependências e impedimentos para o resto de
suas vidas. Ademais, sua incidência na população tem aumentado de forma
expressiva desde os anos 90 onde, para cada 1000 nascimentos, nascia uma
criança autista e , hoje, esta proporção atinge 1:88. Nos EUA, na Ásia e na
Europa, pesquisadores detectam uma prevalência atinge 1% da população. Na
Coréia do Sul, tal cifra atinge 2,6%. Entre os gêneros, os meninos são os mais
afetados numa proporção de 5:1 1 .
DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
Desde
1980, o Autismo (TEA) tem sido descrito no Manual de Transtornos Mentais (ou
DSM) o qual tem expressiva importância nos parâmetros clínicos dos diagnósticos
de transtornos neuropsiquiátricos em todo o mundo. No mais recente, o DSM-5 ,
este descreve o como, em geral, um distúrbio de desenvolvimento que leva a
severos comprometimentos de comunicação social e comportamentos restritivos e
repetitivos que tipicamente se iniciam nos primeiros anos de vida. Mas, o que
isto significa?
Comparado
a uma criança com desenvolvimento típico, normal, o Autismo é uma condição que
severamente compromete a capacidade de se comunicar com os outros, de perceber
acontecimentos compartilhados, de expressar o que sente ou pensa nas mais
diversas situações, de utilizar as palavras de acordo com o contexto e estas
características atrapalham gravemente o desenvolvimento global da criança. Se
não bastasse, a presença de “manias” , posturas ou atos repetitivos, rituais e
interesses restritivos independente do público ou local em que a criança
portadora esteja desarticula e fragmenta ainda mais a evolução de suas
habilidades sociais e adaptativas nos desafios que o ambiente imprevisivelmente
apresenta.
Muitas
crianças com Autismo tem distúrbios sensitivos e perceptivos visuais, auditivos
e de sensibilidade na pele, levando a uma elevada sensibilidade para barulhos,
ruídos específicos, luzes, agrupamento de pessoas e para determinadas cores e
formas de ambientes. Por outro lado, podem ter baixa percepção para face
humana, interpretação global das funções dos brinquedos e, enfim, ignorar
momentos de controle social como regras e rotinas dos lugares onde visita.
É muito
importante reconhecer que este comportamento é irresistível, incontrolável, sem
intencionalidade e que pode, se nada feito, em idades tardias, irreversíveis.
Muitas crianças com autismo podem ter surpreendente evolução e até “sair” do
espectro, mas isto depende de muitos fatores dentre eles o diagnóstico precoce,
especialmente abaixo dos três anos de vida.
Até
recentemente, muitos pediatras nem sequer conheciam aspectos básicos do perfil
das crianças autistas resultando em identificações tardias. Muitos
profissionais ainda temem revelar aos pais que seu filho pode sê-lo. Muitas
crianças foram diagnosticadas tardiamente como resultado destas práticas
nocivas. Nos EUA – país onde a saúde mental é encarada como doença crônica
devastadora e com severas consequências emocionais e econômicas – os pediatras
podem sofrer processos e perda de sua licença médica se for demonstrado que o
mesmo não identificou sintomas autísticos em crianças até um ano e meio. Em
nosso país, ainda engatinha a transmissão destes conhecimentos e a difusão do
quadro clínico do autismo (TEA) o que já vem explicando a maior detecção desta
condição em nosso meio.
Uma das
maiores características clínicas do Autismo (TEA) é o evidente prejuízo da
linguagem expressiva, mais especificamente, a fala. Muitas destas crianças
podem, após uma fase inicial de normalidade na aquisição da fala, sofrer
regressões com redução do vocabulário, perda da fala de palavras anteriormente
aprendidas, aparecimento de palavras sem significado e impróprios , repetições
de termos sem necessidade e sem função social. Outros podem ter atraso severo
de fala e, quando iniciam, começam a falar palavras mal articuladas, jargões,
repetições de termos e evolução pobre do vocabulário. Além disto, existe uma
parcela de crianças afetadas que jamais falarão.
Se o
Autismo (TEA) fosse um problema que se iniciasse na fase adulta, seus prejuízos
talvez não fossem tão grandes. Mas o fato de se iniciarem na infância seu
impacto no futuro do indivíduo e na vida de seus pares (família e escola) pode
ser devastadora. Afeta a alimentação, o sono e o crescimento; desestrutura a
evolução de saúde mental de seus pais; expõe o portador a mais infecções,
acidentes e alergias; imputa prejuízos acadêmicos muito significativos podendo
até inviabilizar a aprendizagem plena e a aquisição de habilidades na grande
maioria dos casos afetados. Portanto, diagnóstico precoce, neste momento, é o
caminho mais eficaz para diluir e reduzir a gravidade deste mosaico de
problemas.
Consulte um médico para receber orientação
Observação: as informações exibidas descrevem o que geralmente acontece com uma condição clínica, mas não se aplicam a todas as pessoas. Essas informações não são uma consulta médica. Portanto, entre em contato com um profissional da área de saúde se você apresentar um problema médico. Se você acredita ter uma emergência médica, ligue para seu médico ou para um número de emergência imediatamente.
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