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A cidade de São Carlos já é vitrine nacional e internacional quando o assunto é a excelência de seus renomados centros de pesquisa, o que lhe confere o título de Capital da Tecnologia e do Conhecimento
Mas agora ela quer ganhar destaque também em várias atividades no setor de reaproveitamento de materiais junto ao setor público. Algumas são pioneiras e fazem com que a política de sustentabilidade desenvolvida no município de 230 mil habitantes vire exemplo para outras cidades de médio porte e mesmo algumas capitais.
A Progresso e Habitação de São Carlos (Prohab) iniciou em 2004 o projeto de reciclagem e industrialização do material da construção civil. Atualmente, são recicladas 100 toneladas por dia. Na construção civil, um terço do material básico vira entulho, sendo que 15% podem ser reutilizados.
Segundo o diretor da usina de reciclagem da Prohab, Samir Fagury, R$ 1 milhão foi investido no projeto, incluindo os equipamentos. “O material é reaproveitado na fabricação de blocos, bloquetes, bancos e outros artefatos de cimento, sendo que a produção diária atinge três mil blocos de cimento ou 150 m² de piso para pavimentação, que são aproveitados pela prefeitura municipal, sendo São Carlos a pioneira nessa experiência no setor público no país. A mão de obra é feita por 14 detentos do regime semi-aberto da penitenciária do vizinho município de Itirapina. Além da oportunidade de trabalho, eles recebem um salário, alimentação e transporte”, explica o diretor da usina de reciclagem.
Uma mudança radical deve acontecer no setor, já registrada em países de primeiro mundo. “A tendência é que cada um seja responsável pelo lixo e obrigado a pagar pelo que produz”, diz Samir. Para ele, a reciclagem custa quatro vezes menos do que a retirada do material descartado indevidamente.
“Hoje, três Ecopontos estão em funcionamento em São Carlos e mais cinco estão previstos, sendo parte da continuidade nos investimentos da cidade na coleta de resíduos da construção civil”, fala o prefeito Oswaldo Barba.
O programa de Coleta Seletiva é outra inovação em São Carlos. Implantado em 2002, com o fechamento do acesso dos catadores ao aterro sanitário, ele foi organizado primeiramente em três cooperativas, unificadas em 2010. “Este modelo só existe em outros dez municípios do país. Além de oferecer a infraestrutura, o sistema estimula o catador a ser cada vez mais produtivo, valorizando e premiando quando as metas são alcançadas e superadas”, conta Reynaldo Sorbille, diretor do Departamento Municipal de Apoio à Economia Solidária.
Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada
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