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Nesta quarta feira, dia 06 de Abril, haverá sessão na Câmara de Vereadores de Dourado. A Diretora da Saúde deve comparecer para dar explicações sobre o estado da saúde em Dourado. A sessão começara às 20 horas
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Este Post tem Apoio Cultural da Serraria Cajari
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Fala-se e escreve-se, o tempo todo e em toda parte, que o Brasil está em vias de se tornar uma das potências dominantes do cenário global – mas tais previsões costumam vir acompanhadas de uma condicional: se quisermos chegar lá, teremos de investir em educação
por Eduardo Nunes*
Fala-se e escreve-se, o tempo todo e em toda parte, que o Brasil está em vias de se tornar uma das potências dominantes do cenário global – mas tais previsões costumam vir acompanhadas de uma condicional: se quisermos chegar lá, teremos de investir em educação.
É aqui que o leitor se pergunta: mas já não estamos investindo em educação? Para onde vão os 25% do orçamento que todo gestor público tem a obrigação legal de destinar a essa área?
Depois de passar sete anos acompanhando, como professor, o cotidiano da escola pública, posso afirmar que o principal problema do nosso ensino não é falta de verbas, mas falta de rumo. E ouso levantar uma questão que tem sido pouco discutida: a educação brasileira só é tão ruim por ser “boa demais”, pelo menos no papel.
Se tomarmos os textos das leis que norteiam o ensino no país ou os regimentos das secretarias municipais e estaduais de Educação, se lermos as ementas das disciplinas dos cursos de Pedagogia ou se ouvirmos o que é debatido em seminários de educadores, choraremos de emoção e teremos a sensação de que nossas escolas são o melhor dos mundos.
Tais textos, geralmente redigidos em prosa poética, estão repletos de belas expressões como “inclusão”, “gestão democrática”, “construção do conhecimento”, “leitura da realidade”, “libertação dos oprimidos”, “formação do ser humano integral”. Os arautos da corrente que hoje domina a intelligentsia educacional brasileira, e que chamam a si mesmos de “progressistas”, defendem esses princípios com fervor quase religioso e travam uma luta de vida e morte contra o paradigma anterior, que rotulam como “educação tradicional”.
A educação tradicional, aquela em que a maioria dos brasileiros com mais de 25 anos foi alfabetizada, foi demonizada. “Tradicional” tornou-se um xingamento. Ao assumir o comando dos órgãos que cuidam da educação no país, lá pelo fim da década de 80, os novos timoneiros identificaram o paradigma então vigente com o autoritarismo da ditadura e trataram de exorcizar as escolas das práticas tidas como “tradicionais” e “autoritárias”: a transmissão de conhecimento de um professor que sabe para um aluno que não sabe, a reprovação dos alunos que não aprendem, a memorização pela repetição, o bê-á-bá, a exaltação dos que tiram boas notas.
Desde então, evita-se ao máximo reprovar, pois isso “traumatiza” o aluno. A repetição da tabuada e os ditados para fixar a grafia das palavras também são evitados, pois “deformam a consciência”. Os currículos escolares foram permeados de atividades lúdicas e recreativas, destinadas a estimular a aceitação e a “inclusão”.
Você concorda que o avanço na educação depende de uma volta ao tempo em que o conhecimento era transmitido de forma tradicional?
O resultado, duas décadas depois, é que milhões de analfabetos funcionais saem das escolas públicas, todos os anos, com certificados de conclusão embaixo do braço. No seu afã de conscientizar e libertar os oprimidos, a educação progressista os condenou à escravidão da falta de qualificação. Vivendo num mundo de faz de conta onde a interação social é mais importante que o conteúdo, os “libertadores” não percebem que a verdadeira libertação é ter condições de ser selecionado para um bom emprego, de ser aprovado no vestibular, de passar em um concurso público, e isso é negado à maioria dos alunos das escolas públicas.
O avanço de que necessitamos para abraçar o nosso destino de potência global se assemelha mais, por paradoxal que seja, a um retrocesso, uma volta ao tempo em que o conhecimento era medido e aplicado, os professores eram respeitados e valorizados e os alunos só eram aprovados se aprendessem.
*Eduardo Nunes é Filósofo e Jornalista
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Quero parabenizar o Corajoso Filósofo e Jornalista Eduardo Nunes pela clareza com que colocou este Gravíssimo Problema: "EDUCAÇÃO" do Brasil. Tenho 62 anos e não tenho nada a ver com a tal propalada Revolução de 1964 pois eu tinha apenas 15 anos na época, e poucos viventes de hoje tinham alguma coisa a ver com a política da época. Portanto retornemos a impor a disciplina dos alunos e que os programas curriculares sejam efetivamente respeitados que sem dúvida o povo será melhor educado.
ResponderExcluirVivemos hoje uma "falsa democracia", onde dizem que o professor precisa ajudar a transformar o mundo cultivando nos alunos o desejo de serem cidadãos críticos, atuantes, cientes dos seus direitos e deveres...desde que, não critique o município e, infelizmente, isto não ocorre só aqui em Dourado, onde falar as coisas ERRADAS que o prefeito faz é quase uma heresia. Como cigana, por motivos particulares, morei em várias cidades da região e como sempre passei em seletivos e concursos, conheci vários tipos de políticos,educadores escolas e alunos, desde dos mais liberais aos mais ditadores, no fundo, nenhum deles gosta que qualquer pessoa cobre nenhuma explicação deles, embora eles administrem um órgão público. Acredito ainda na Educação como Solução, mas ela precisa ser política e NÃO PARTIDÁRIA!! QUEM SABE UM DIA CHEGAMOS LÁ!
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